Por Scott DiSavino
NOVA YORK (Reuters) – O petróleo avançou cerca de 1% nesta sexta-feira, depois que ataques a dois navios-tanque no Golfo de Omã elevaram as preocupações a respeito de um potencial abalo à oferta, mas os preços ainda fecharam com retração semanal por temores de que disputas comerciais afetem a demanda global por petróleo.
Os contratos futuros do petróleo Brent fecharam em alta de 0,70 dólar, ou 1,1%, a 62,01 dólares por barril, enquanto o petróleo nos Estados Unidos avançou 0,23 dólar, ou 0,4%, para 52,51 dólares o barril.
Na quinta-feira, os ataques a dois navios petroleiros nas proximidades do Irã e do Estreito de Hormuz pressionaram os preços, que chegaram a subir até 4,5%.
Foi a segunda vez em um mês em que navios-tanque foram atacados na área mais importante do mundo para o fornecimento de petróleo, à medida que as tensões entre EUA e Irã aumentam. O governo dos EUA culpou a República Islâmica pelos ataques, o que foi prontamente negado e criticado pelos iranianos.
Nesta sexta-feira, uma autoridade norte-americana afirmou que lanchas militares iranianas estavam impedindo que dois barcos de propriedade privada rebocassem um dos navios petroleiros danificados.
“Há a possibilidade do que vimos (no Oriente Médio) nos últimos dias se intensificar durante o fim de semana, e diante disso os operadores estão relutantes em estarem vendidos frente a isso”, disse Anthony Headrick, analista do mercado de energia do CHS Hedging.
“A manchete recente sobre a restrição aos rebocadores tirou alguns traders de cima do muro para cobrir posições vendidas.”
Ainda assim, o Brent registrou uma retração semanal de cerca de 2%, na quarta queda semanal consecutiva, enquanto o WTI perdeu em torno de 3%.
“A deterioração nas perspectivas de demanda está segurando os preços, apesar das tensões”, afirmou John Kilduff, sócio da Again Capital.
Segundo ele, as condições econômicas ameaçam o crescimento da demanda, tirando o foco das tensões entre EUA e Irã.
(Reportagem adicional de Jessica Resnick-Ault em Nova York, Aaron Sheldrick em Tóquio e Ahmad Ghaddar em Londres)