Por Stephanie Kelly
NOVA YORK (Reuters) – Os preços do petróleo avançaram quase 3% nesta sexta-feira, afastando-se ainda mais de mínimas de cinco meses vistas na semana, após a Arábia Saudita afirmar que a Opep está perto de um acordo para prorrogar cortes de produção para além de junho, enquanto um rali em Wall Street também apoiou as cotações.
Os contratos futuros do petróleo Brent fecharam em alta de 1,62 dólar, ou 2,6%, a 63,29 dólares por barril. O petróleo nos EUA avançou 1,40 dólar, ou 2,7%, para 53,99 dólares o barril.
Ainda assim o Brent registrou seu terceiro declínio semanal consecutivo, perdendo quase 2%, enquanto o WTI subiu cerca de 1% na semana. Na quarta-feira, ambos os valores de referência marcaram seus menores níveis desde janeiro.
O ministro de Energia da Arábia Saudita, Khalid al-Falih, afirmou em uma conferência na Rússia que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados devem prorrogar seus cortes de produção.
Ele disse que, embora a Opep esteja perto de um acordo, mais tratativas são necessárias com os países não membros que fazem parte do pacto para reduzir a produção em 1,2 milhão de barris por dia. O acordo original está em vigor até o final deste mês.
Os preços do petróleo também foram apoiados por um avanço no mercado de ações, após uma firme desaceleração no crescimento da criação de vagas de emprego nos EUA aumentar as expectativas de um corte na taxa de juros pelo Federal Reserve.
“O que vimos é que os bancos centrais pelo mundo estão prontos para responder a uma desaceleração na economia”, disse Phil Flynn, analista do Price Futures Group. “Nos EUA, se esse for o caso, veremos mais estímulos adicionados ao mercado.”
Os ganhos, no entanto, foram limitados por investidores ainda preocupados com tensões comerciais que podem impactar a economia global, incluindo a disputa entre Estados Unidos e China.
(Reportagem adicional de Shadia Nasralla em Londres e Aaron Sheldrick em Tóquio)