A Ponte Internacional da Integração Brasil-Paraguai, nova ligação entre os dois países, foi inaugurada na tarde desta sexta-feira (19), em Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná. Com investimento binacional de R$ 1,9 bilhão, a megaestrutura promete desafogar o trânsito na Ponte da Amizade, além de facilitar o escoamento da produção dos parceiros comerciais.

A estrutura estaiada que liga as cidades de Foz do Iguaçu e Presidente Franco teve as obras concluídas em 2022, mas ficou três anos sem movimentação por conta de entraves operacionais.
A abertura da Ponte da Integração contou com presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), entre outras autoridades.
Além de facilitar o transporte de cargas do Paraguai e outros países do Mercosul, especialmente em direção ao Porto de Paranaguá, a nova ligação deve reduzir o trânsito pesado sobre a Ponte da Amizade, que há seis décadas conecta Foz do Iguaçu à Cidade do Leste.
Atualmente, cerca de 100 mil pessoas e 45 mil veículos cruzam diariamente a Ponte da Amizade, segundo a Receita Federal.
Restrições de tráfego na Ponte da Integração
De acordo com o governo brasileiro, a Ponte da Integração terá o tráfego liberado de forma gradual. Na primeira fase, a partir desde sábado (20), o acesso será permitido apenas a caminhões sem carga nos dois sentidos, em horários específicos.
Ônibus de turismo fretados serão os próximos autorizados a trafegar no local. Já a liberação total para veículos de carga está prevista para ocorrer entre o fim de 2026 e o início de 2027, condicionada à conclusão do Corredor Metropolitano del Este, no lado paraguaio, que garantirá a plena infraestrutura de acesso.
Ponte da Integração foi construída pelo Paraná, com recursos federais
A Ponte da Integração tem 760 metros de extensão e um vão-livre de 470 metros, o maior do continente, além de duas pistas simples com 3,6 metros de largura cada. A estrutura do tipo estaiada é sustentada por duas torres de 190 metros de altura, o equivalente a edifícios de aproximadamente 54 andares.

A megaestrutura foi financiada pelo governo brasileiro, por meio da Itaipu Binacional, que direcionou à obra R$ 712 milhões em investimentos da usina. Os recursos foram aplicados na construção da ponte estaiada e nas obras da Perimetral Leste, via que conecta a BR-277 à ponte.
A obra contempla ainda a construção de duas novas aduanas e seis viadutos.
O acordo para a construção da nova ponte seguiu o modelo tripartite, tendo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) como órgão proprietário, o Governo do Paraná como executor e Itaipu Binacional como responsável pelo repasse dos recursos.
“A ponte será um motor de prosperidade para Foz do Iguaçu e região. Ao otimizar o fluxo comercial e turístico, estamos não apenas entregando uma infraestrutura moderna, mas promovendo um reordenamento urbano que devolve qualidade de vida à população”, destaca o diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Enio Verri.
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