Curitiba - O presidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc), Anderson Teixeira, foi preso nesta quinta-feira (6) por suspeita de desviar cerca de R$ 607 mil da entidade. Ele estava afastado do cargo por determinação do Ministério Público do Paraná (MPPR) e integrava a diretoria do sindicato havia 15 anos.

Fotos de anderson teixeira acusado de desviar cerca de R$ 607 mil do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba
A prisão ocorreu na casa de Anderson, no bairro Pinheirinho, em Curitiba (Foto: Reprodução/ Ric RECORD)

Um homem identificado como Sidenei, que estava como atual gestor do sindicato também foi preso. Segundo o MPPR, parte do dinheiro desviado teria sido utilizada para a compra de uma chácara em Mandirituba, na Região Metropolitana da capital.

A delegada Rita de Cássia, responsável pelo caso, afirmou que a gestão do sindicato está no comando desde 2010 e que as denúncias começaram logo após o início desse período.

“A apuração está em sigilo, mas posso dizer que novas formas de desvio foram identificadas, como contratos de serviços que nunca foram prestados”, explicou.

Ainda de acordo com a delegada, a prisão foi decretada porque, mesmo após o afastamento, Anderson continuou realizando movimentações financeiras consideradas suspeitas.

Segundo o advogado de defesa Fabio de Assis, a recomendação é que o réu permaneça em silêncio até que tudo seja apurado.

“Causa até estranheza, já houve antes uma pedido de prisão e foi indeferido pelo judiciário. Anderson e o Sidney estão afastados do sindicato. Anderson já abriu mão de várias associações e estava coperando com toda a investigação”, disse o advogado.

Entenda o caso de desvio no Sindimoc

Em junho deste ano, o Ministério Público, por meio do Núcleo de Análise de Inquéritos Policiais (Naip), já havia cumprido mandados de busca e apreensão na residência do sindicalista e na sede do Sindimoc.

A investigação teve início após uma denúncia formal do Ministério Público contra Teixeira e outras seis pessoas, todos familiares dele, que estariam registrados como funcionários do sindicato, mas sem exercer qualquer função. Segundo o órgão, os investigados teriam recursos recursos para fins pessoais.

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Jessica Ibrahin

Repórter

Jéssica Ibrahin é formada em Jornalismo e pós-graduada em Ciência Política pela UNICAP. Atuou em redações de rádio, TV e portais de notícia, com experiência em entrevistas e reportagens sobre política, cultura e comportamento.

Jéssica Ibrahin é formada em Jornalismo e pós-graduada em Ciência Política pela UNICAP. Atuou em redações de rádio, TV e portais de notícia, com experiência em entrevistas e reportagens sobre política, cultura e comportamento.