Curitiba - A defesa de Jonathan Barros Cardoso, suspeito de matar o jornalista Cristiano Luiz Freitas, em Curitiba, disse que teve acesso a prints de conversas que indicam que a vítima e o suspeito tiveram um desentendimento em relação à contratação de um programa por parte de Cristiano. A defesa negou a versão de que o crime se tratou de um latrocínio (roubo seguido de morte).

Vídeo mostra momento em que suspeito sai da casa após matar jornalista
A vítima, à direita, foi encontrada amordaçada dentro de casa (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

Em nota encaminhada para a imprensa, os advogados afirmam que houve uma discussão acalorada entre os dois que terminou com a morte do jornalista. Além disso, a defesa que houve um embate físico entre Jonathan e Cristiano.

“A defesa de Jonathan Barros Cardoso vem a público esclarecer os fatos em relação à acusação pela morte do jornalista Cristiano Luiz Freitas, ocorrida na última terça-feira (4), no bairro Jardim das Américas, em Curitiba.

Diferente do que foi divulgado, Jonathan nega veementemente que tenha praticado o crime de latrocínio – roubo seguido de morte. Jonathan é garoto de programa e o que ocorreu, de fato, foi um desentendimento entre ele e o jornalista, dentro do contexto de um programa sexual, contratado pela vítima – a defesa teve acesso a prints de conversas que esclarecem essa versão.

Houve uma discussão acalorada e, posteriormente, um embate físico que, infelizmente, terminou na morte do jornalista.

Importante ressaltar que Jonathan foi preso em contexto distinto à morte do jornalista. A investigação ainda está em curso e muitas informações precisam ser analisadas antes de qualquer conclusão precipitada”, disse a defesa.

Jonathan foi preso na manhã de quinta-feira (6), em um flat localizado na região central de Curitiba. Na delegacia, ele negou o crime para os jornalistas que estavam no local e que não realizava programas, contradizendo a versão apresentada pela defesa. Ele também responde por outros crimes.

Segundo a Polícia Civil do Paraná (PCPR), o suspeito de matar o jornalista de 45 anos é investigado por praticar crimes de roubo e extorsão contra seis vítimas, sendo que uma delas teria sido extorquida em R$ 20 mil.

O suspeito marcava encontros por aplicativo e depois realizava ameaças, com uso de arma de fogo, para que as vítimas efetuassem transações via pix.

Quem era Cristiano Luiz Freitas, jornalista encontrado morto em Curitiba

Cristiano Luiz Freitas foi encontrado morto e amarrado na própria residência, localizada no bairro Jardim das Américas, na última terça-feira (04).

O jornalista teve passagens por diversos veículos e empresas do Paraná como a Gazeta do Povo, Grupo RIC Paraná, Espaço Teatro Regina Vogue e o Hospital Pequeno Príncipe.

Cristiano também tinha uma empresa de comunicação social e era especializada na cobertura de cinema, tendo recebido premiações na área como o Grande Prêmio Ayrton Senna de Jornalismo, além de filmes exibidos no Festival Internacional de Cinema do Rio de Janeiro e Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis.

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Guilherme Fortunato

Editor

Jornalista há quase 10 anos, especialista em previsão do tempo, coberturas eleitorais, casos policiais e transmissões esportivas. Aborda pautas de acidentes e crimes de repercussão, além de política.

Jornalista há quase 10 anos, especialista em previsão do tempo, coberturas eleitorais, casos policiais e transmissões esportivas. Aborda pautas de acidentes e crimes de repercussão, além de política.