Um projeto que começou a tramitar na Câmara Municipal, nesta segunda-feira (30), pretende implantar o “bilhete único” em Curitiba. Se trata de uma tarifa para o transporte coletivo para o usuário ter acesso ilimitado aos ônibus por determinado período de tempo.
A tarifa dos ônibus seria definida com base em planilha de custos e resultados do sistema de transporte, após proposta de preço fixada pela Urbs.
Na justificativa, além de solicitar um estudo técnico para a implantação da medida, o autor do projeto, vereador Bruno Pessuti (PSC), sugere que o sistema atual não seja substituído com a implantação do “bilhete único”, mas que ambos funcionem de maneira complementar. “A ideia é que esse novo modelo proposto, em adição ao que existe na Rede Integrada de Transporte, tenha 3 modalidades temporais de cobrança: diária, semanal e mensal”, diz no documento, onde é sugerido que o valor de cada bilhete tenha valor máximo igual ou inferior ao pagamento de 2 passagens multiplicado pela quantidade média de dias úteis que existem dentro do prazo.
“Na prática, o usuário do sistema de transporte pode utilizar o transporte público quantas vezes forem necessárias ao longo do período em que o bilhete for válido. Por exemplo, em um bilhete único diário, a partir da primeira utilização o passageiro tem até 24 horas para que o bilhete perca a validade e assim por diante”, esclarece Pessuti na justificativa.
Pessuti frisa, em sua argumentação, que o bilhete deve ser pessoal, intransferível e também conter um dispositivo temporal de segurança para impedir uso sequencial por diversas pessoas, como por exemplo um intervalo de 5 minutos entre uma liberação de catraca e outra. O texto ainda sugere que a tecnologia utilizada seja a mesma do cartão transporte já existente.
“Se o bilhete único for aprovado não haverá mais custos ao sistema, conforme foi noticiado em São Paulo após o início dessa modalidade tarifária”, defende Pessuti, que também frisou o fato de que o modelo é adotado em várias cidades do mundo. Com o “bilhete único”, argumenta o parlamentar, cada ponto de ônibus será um “mini- terminal”. Bruno Pessuti vê nisso um estímulo à integração de modais, como o carro e a bicicleta, além de permitir que a baldeação, ou seja a troca de ônibus, ocorra fora dos terminais.
Outra vantagem destacada na justificativa seria a possibilidade de disponibilizar cartões transporte pré-pagos através de máquinas específicas de venda ou vending machines na Rodoferroviária e no Aeroporto Internacional, para que visitantes também utilizem o transporte coletivo de Curitiba comprando passagem assim que chegam na cidade, por meio de cartão de crédito.