Ratinho Jr participa de ato a favor da anistia ao lado de Bolsonaro

O governador Ratinho Júnior (PSD) participou no domingo (6), em São Paulo, de uma manifestação a favor da anistia aos envolvidos nos atos do dia 8 de janeiro de 2023. O evento na capital paulista foi convocado e liderado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e contou com a presença de outros seis governadores.

Além de Ratinho Júnior, estiveram na manifestação os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos) de São Paulo; Ronaldo Caiado (União), de Goiás; Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais; Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina; Wilson Lima (União), do Amazonas; e Mauro Mendes (União), do Mato Grosso. Destes, Ratinho, Freitas, Caiado e Zema são cotados como possíveis candidatos da direita nas próximas eleições presidenciais.

Bolsonaro volta a defender sua candidatura em 2026

No entanto, apesar de estar inelegível, Bolsonaro voltou a defender sua candidatura à presidência no ao que vem. De acordo com o ex-presidente, a ausência de seu nome nas urnas irá “escancarar a ditadura no Brasil”.

Enquanto discursava, Bolsonaro voltou a atacar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). De acordo com o ex-presidente, as eleições de 2022 é que foram um golpe contra a democracia.

“Vamos falar quem deu golpe em outubro de 2022? Quem tirou Lula da cadeia? O cara condenado em três instâncias por corrupção, por lavagem de dinheiro, é tirado da cadeia. Quem descondenou o Lula para ele fugir da (Lei da) Ficha Limpa? Os mesmos”, disse ele. “O golpe foi dado, tanto é que o candidato deles está lá”, afirmou Bolsonaro

Ex-presidente afirma que saiu do Brasil para não ser assassinado

Em seu discurso, o ex-presidente voltou então a afirmar que seus adversários o querem “morto” e que sua saída do Brasil, em dezembro de 2022, sem reconhecer o resultado das urnas, foi medida de autoproteção. “O golpe deles só não foi perfeito porque eu saí do Brasil em 30 de dezembro de 2022. Se eu estivesse no Brasil, seria preso na noite de 8 de janeiro, ou assassinado por esses mesmos que botaram esse vagabundo na Presidência. Estou no caminho deles. Se acham que vou desistir, fugir, estão enganados. O que os canalhas querem é me matar.”

Número de manifestantes foi bem menor em comparação a ato anterior

Segundo o Monitor do Debate Público do Meio Digital, da Universidade de São Paulo (USP), a manifestação reuniu cerca de 44,9 mil pessoas na avenida Paulista. Em fevereiro do ano passado, quando o ex-presidente também foi à Paulista pedir anistia, ele reuniu cerca de 185 mil manifestantes, conforme a mesma contagem da USP.

Após o ato esvaziado no mês passado, em Copacabana, no Rio, em que o mesmo grupo de pesquisa estimou público de 18,3 mil pessoas, bolsonaristas evitaram falar sobre a expectativa para São Paulo.

Pesquisa aponta que maioria da população é contra a anistia

Apesar da presença dos governadores e de mais manifestantes em relação ao ato anterior no Rio de Janeiro, uma pesquisa divulgada no domingo mostra que a maioria da população é contra a anistia.

Conforme o levantamento realizado pela Genial/Quaest, 56% dos brasileiros são contrários a anistia aos condenados nos ataques aos prédios dos três poderes em Brasília. Essa maioria dos entrevistados defendem que os envolvidos cumpram as penas a que foram condenados.

Outros 18% apoiam a soltura por considerar que os acusados nem deveriam ter sido presos. Enquanto isso, 16% consideram que os acusados devem ser soltos porque já estão detidos por muito tempo. Assim, os defensores da anistia somam 34%. Os 10% restantes não souberam ou não responderam.

A pesquisa ouviu dois mil e quatro brasileiros com 16 anos ou mais entre os dias 27 e 31 de março. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.

Quer receber notícias no seu celular? Então entre no canal do Whats do RIC.COM.BR. Clique aqui