Caminhoneiros ainda bloqueiam estradas em Santa Catarina e no Mato Grosso
As greve de Caminhoneiros, que tomou conta de estradas em mais de dez estados do Brasil nas últimas duas semanas, vêm perdendo forças. No boletim mais recente da Polícia Rodoviária Federal, atualizado no início da noite de domingo (1°), havia apenas 12 pontos de interdição em rodovias federais em todo o pais, dez em Santa Catarina e outros dois bloqueios no Estado do Mato Grosso.
No Paraná, o desbloqueio de todas as rodovias aconteceu ao longo deste domingo. Até o meio da tarde oito trechos federais continuavam interditados no Estado, mas o número foi reduzindo até que caminhoneiros desbloquearam todas as estradas. O Paraná foi um dos estados com a situação mais crítica, chegando a ter mais de 60 pontos de rodovias interditados num mesmo dia.
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Confira um panorama sobre o movimento dos caminhoneiros no Paraná
A greve dos caminhoneiros no Paraná prejudicou diversos setores da economia. Várias cidades tiveram problemas no abastecimento de alimentos, remédios e combustíveis. Em algumas localidades, o preço do litro da gasolina passou dos R$ 5. Os setores industrial, agrícola e agropecuário também foram bastante prejudicados. Fábricas como a ABS, que é dona das marcas Perdigão e Batavo, fecharam as portas e dispensaram os trabalhadores. Produtores de leite da região oeste tiveram que jogar milhares de litros de leite fora, por falta de espaço para armazenar o produto.
Na Região Sul do País, onde os protestos de caminhoneiro tiveram mais força, Santa Catarina é o único estado que ainda resiste às propostas de acordo feitas entre o governo federal e representantes da categoria. Mesmo com a ação da Força Nacional de segurança e podendo receber multas, os caminhoneiros prometeram manter as barreiras em rodovias durante o fim de semana.
A diretora geral da PRF, Maria Alice Nascimento, informou na noite de domingo que os policiais mantêm o monitoramento nas estradas federais, as BRs, com o apoio da Força Nacional de Segurança Pública e das polícias estaduais. “O trabalho continua até o restabelecimento completo do transporte de carga, para garantir o abastecimento da população e a normalidade da atividade econômica”, explicou Maria Alice, em nota.