Casal foi preso na 23ª fase da Lava Jato. PF e Procuradoria alegam que os marqueteiros destruíram provas e foram informados com antecedência da Operação Acarajé.
O juiz federal Sérgio Moro, que conduz as ações penais da Operação Lava Jato na primeira instância, converteu as prisões temporárias do marqueteiro João Santana e sua mulher, e sócia, Monica Moura em regime preventivo – sem prazo para terminar. Os dois haviam sido detidos temporariamente na Operação Acarajé, 23ª fase da Lava Jato, e devem ficar presos na carceragem da Polícia Federal (PF, em Curitiba.
“Embora as prisões cautelares decretadas no âmbito da Operação Lava Lato recebam pontualmente críticas, o fato é que, se a corrupção é sistêmica e profunda, impõe-se a prisão preventiva para debelá-la, sob pena de agravamento progressivo do quadro criminoso. Se os custos do enfrentamento hoje são grandes, certamente serão maiores no futuro. O país já paga, atualmente, um preço elevado, com várias autoridades públicos denunciadas ou investigadas em esquemas de corrupção, minando a confiança na regra da lei e na democracia”, afirmou Moro no despacho.
A Polícia Federal e a Procuradoria haviam pedido a conversão da prisão em preventiva sob alegação que os marqueteiros destruíram provas e foram informados com antecedência da Operação Acarajé.
A defesa do publicitário e de sua mulher pediu a imediata colocação em liberdade do casal. Segundo os advogados, as insinuações da PF não escondem sua inconsistência, para dizer o mínimo, e não resistem a uma análise um pouco mais séria e criteriosa.