Os servidores públicos do Sistema Único de Saúde (SUS) de Curitiba irão cruzar os braços no dia 02 de fevereiro, em protesto contra a prefeitura da capital, acusada pela categoria por “descaso” e por “não cumprir acordos” firmados durante negociações anda em 2013. Já neste sábado (17) os trabalhadores fazem uma manifestação na Praça Santos Andrade, no Centro de Curitiba, à partir das 09h.
“Em negociações ainda em 2013, a prefeitura assinou diversos acordos com a categoria e não cumpriu. Já em 2014 foram aprovadas leis municipais que trariam salários novos para todos e isso também não foi cumprido”, explica Irene Rodrigues, coordenadora do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc). “Consideramos que esta greve está atrasada”, arrematou Irene.
De acordo com a coordenadora, os motivos que levam à greve dos trabalhadores são vários, dentre eles: a sobrecarga por falta de novos concursos públicos; ameaça de banco de horas e do não pagamento de horas trabalhadas; possibilidade de arrocho salarial na Estratégia de Saúde da Família; não enquadramento de auxiliares em técnicos de enfermagem; não reajuste dos dentistas; e falta de condições mínimas de trabalho em todas as unidades.
Durante reunião com as secretarias de Recursos Humanos e de Saúde nesta quarta-feira (14), a Prefeitura de Curitiba negou revogar o decreto que adia e parcela em quatro vezes o pagamento dos novos pisos salariais. Segundo o Sismuc, uma lei aprovada em março de 2014 determinou que o prazo para o reajuste era dezembro. Porém, decreto baixado no final do ano parcelou o reajuste. O advogado do Sismuc, Ludimar Rafanhim garante que “jamais um decreto pode suspender uma lei”.