Foto: Reprodução/Google StreetView.

Empresa diz que os cachorros têm atacado as pessoas no terminal, mas a população nega que isso ocorra

Sirenes que foram instaladas no terminal de Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), têm causado polêmica entre os passageiros, que se dividem entre quem aceita e quem é contra. O uso do equipamento é para espantar os cachorros abandonados, que ficam no terminal e, segundo o Grupo Leblon – que administra o local, “representam risco à segurança dos funcionários e usuários do transporte coletivo”.

A empresa de ônibus alega que várias pessoas, entre funcionários e passageiros, já foram atacadas pelos animais que não seriam vacinados. Por outro lado, moradores não aprovaram a iniciativa e disseram ser uma situação desagradável, já que o uso das sirenes incomoda até mesmo os seres humanos.

Segundo os passageiros, os animais são dóceis e não representam perigo. Em nota, a prefeitura de Fazenda Rio Grande disse que desconhecia a realização de testes de qualquer origem para o “afastamento de cães” e que estão sendo tomadas providências para que usuários não sejam prejudicados, assim como, os animais.

Com relação aos cachorros, a Prefeitura disse que vem sofrendo com relação ao abandono de animais nas divisas com Curitiba, principalmente nos bairros Umbará com Iguaçu. Apesar disso, um projeto de castração está sendo implantado nas próximas semanas. O município conta com uma ONG de Proteção Animal assistida pela Prefeitura.

Já a empresa Grupo Leblon se defende dizendo que “a permanência dos cães abandonados no Terminal tem representado sérios riscos à segurança dos frequentadores”. Segundo a empresa, foram várias as ocorrências de pessoas atacadas pelos animais. “Em duas ocasiões, inclusive, passageiros idosos foram atacados. Funcionários também foram mordidos”, explica a nota.

Conforme a empresa, outro problema são as fezes dos bichos, que por mais que haja limpeza no local, têm sido recorrente a sujeira. “Passageiros escorregaram nestas fezes e se feriram. Um deles lesionou um dos tornozelos e teve de ser submetido à cirurgia”, diz a nota do Grupo Leblon.

A empresa disse ainda que solicitou ao departamento de ação social da prefeitura providências cabíveis, mas como não há uma divisão de zoonozes, o quadro persistiu. “A Leblon também oficiou a Câmara Municipal de Fazenda Rio Grande, buscando uma solução para o problema. Em busca de uma alternativa, a empresa adquiriu um sistema sonoro que impede a aproximação e a permanência dos animais, sem representar risco ou agressão aos cães e aos frequentadores do Terminal. Tal tecnologia emite uma frequência sonora que é incômoda aos cães, mas não causa nenhuma lesão aos animais”.

Este sistema sonoro, por sua vez, está em fase de testes. “No primeiro dia, o volume estava um pouco alto, sendo ajustado logo em seguida. Os testes prosseguem, sendo um projeto piloto”, finaliza a nota.