Pela primeira vez em 10 anos, o número de estudantes com sobrepeso ou obesidade foi reduzido em Curitiba. O programa Saúde na Escola registrou índice de 34,89% neste ano, enquanto que, no ano passado, a porcentagem era de 35,98%.
O programa foi ampliado em 2013. Até então atendia 14 mil estudantes e passou a avaliar 142 mil crianças e jovens de 380 instituições de ensino de Curitiba. Além dos exames nutricionais e biométricos, os estudantes passaram por avaliação oftalmológica, auditiva e dentária.
O anúncio da queda nos casos de sobrepeso e obesidade foi feito nesta terça-feira (5) pelo secretário municipal de Saúde, Adriano Massuda, durante a assinatura do Termo de Compromisso do Programa Saúde na Escola 2014, com a secretária de Educação, Roberlayne Borges Roballo. O evento na Escola Municipal CEI Bela Vista do Paraíso, no bairro Santa Cândida, reuniu profissionais e alunos que participaram do projeto.
“Sabemos que algumas questões que dizem respeito à saúde têm grande reflexo na aprendizagem dos estudantes. Detectar precocemente e agir antes que uma doença se estabeleça é uma garantia de melhor desenvolvimento de nossos estudantes”, disse Roberlayne.
Saúde na Escola
O PSE é uma iniciativa dos ministérios da Saúde e da Educação em parceria com o Município e proporciona a avaliação nutricional, odontológica, oftalmológica, auditiva e clínica, com o enfoque na prevenção de doenças.
Os profissionais da Saúde e da Educação são capacitados para avaliar os alunos e, sempre que necessário, encaminhá-los para as unidades de saúde para realização de exames e dar continuidade ao tratamento adequado. Além disso, eles incentivam e orientam sobre a alimentação saudável e a prática de atividades físicas, além de estimular a responsabilidade e alertar sobre as consequências do uso de álcool e outras drogas e uso da violência.
Além do estado nutricional, os estudantes passaram por avaliação oftalmológica que apontou alguma alteração em 5.814 estudantes, que realizaram consulta oftalmológica e, quando necessário, receberam óculos pelo programa Olhar Brasil. Já a avaliação auditiva apontou 3.511 alunos com alguma alteração, seja pela dificuldade para escutar, fala e linguagem ou falar muito alto.
Dentro do programa também foram regularizadas as vacinas de 7.895 estudantes que apresentavam algum problema, seja por vacinas em atraso ou pela falta da vacinação.