O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria nesta quinta-feira (11) para condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro e os outros sete réus por todos os crimes imputados no julgamento de tentativa de golpe de Estado. A ministra Cármen Lúcia votou a favor da condenação, com isso, o placar do julgamento ficou em 3 a 1. 

Bolsonaro e réus foram condenados pelos crimes de Golpe de Estado
Bolsonaro foi condenado pela maioria dos ministros do STF (Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil)

Além da tentativa de golpe de Estado, Bolsonaro também foi condenado por abolição do Estado democrático de direito e organização criminosa. Além da ministra, votaram a favor da condenação os ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino. Luiz Fux foi a favor da absolvição dos réus.

Cármen Lúcia também votou no sentido de que “não há absorção entre os crimes de tentativa de abolição e de golpe e isso já foi decidido em outras ocasiões”.

Para ela, o “crime de abolição do Estado de direito e de golpe me parece que ocorreram, não me parece que seja o caso (de absorção)”. “As imagens deixam escancarados que, quando se chama os kid pretos, os caminhoneiros, quando se lida com a operação punhal verde e amarelo, é de enorme violência. É de violência praticada, institucional, política. No caso do Poder Judiciário e do Judiciário Eleitoral, a violência é muito maior, praticada contra os integrantes”, declarou.

A ministra argumentou que os autos comprovam que “tivemos prática de crimes, atos são pensados e executados para uma radicalização social e política que adensa o ambiente de instabilidade política”. Segundo ela, plantar desconfiança na política é muito mais fácil do que semear confiança. A ministra disse que a organização criminosa documentou quase todas as fases da empreitada.

Cármen Lúcia é a quarta ministra a votar no julgamento, realizado na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal. Antes dela, votaram a favor da condenação de todos os réus os ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino. O ministro Luiz Fux votou apenas pela condenação dos réus Mauro Cid e Braga Netto e somente pelo crime de tentativa de abolição do Estado de direito Fux votou para absolver os demais.

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Guilherme Fortunato

Editor

Jornalista há quase 10 anos, especialista em previsão do tempo, coberturas eleitorais, casos policiais e transmissões esportivas. Aborda pautas de acidentes e crimes de repercussão, além de política.

Jornalista há quase 10 anos, especialista em previsão do tempo, coberturas eleitorais, casos policiais e transmissões esportivas. Aborda pautas de acidentes e crimes de repercussão, além de política.