Câmeras de segurança da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) registraram o exato momento em que o tornado atravessou Rio Bonito do Iguaçu, no centro-sul do Paraná, na última sexta-feira (7). O evento climático extremo, que destruiu 90% da cidade, foi flagrado pelo circuito interno do câmpus Laranjeiras do Sul da UFFS, que fica a cinco quilômetros do local de passagem do tornado. Assista abaixo:
Por volta das 18 horas, as câmeras registraram nuvens carregadas se aproximando de Rio Bonito do Iguaçu, trazendo horror e desespero aos cerca de 13 mil habitantes. Era a supercélula que provocou o tornado mais arrasador da história do Brasil, da categoria F3 na escala Fujita, com ventos estimados entre 300 km/h e 330 km/h.
Ao menos seis pessoas morreram – uma delas em Guarapuava, no centro-sul do estado -, e outras 773 ficaram feridas. A maioria das construções do municípios veio abaixo e os sistemas de abastecimento de água, energia e internet foram comprometidos.
Simepar confirma três tornados no Paraná
O Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) confirmou nesta segunda-feira (10) que três tornados atingiram o estado na noite de sexta-feira.
A conclusão veio após análise mais apurada da tempestade e dos fortes ventos registrados na noite de sexta. Além de Rio Bonito do Iguaçu, as cidades de Turvo e Guarapuava, também no centro-sul paranaense, tiveram registros de ventos acima de 200 km/h, com classificação de tornado.
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As análises foram feitas, além do trabalho em cima dos radares, com vídeos, sobrevoos e vistorias em solo. A equipe técnica segue realizando estudos e análises de outras ocorrências suspeitas.
Condições atípicas favoreceram formação de tornado
De acordo com o Simepar, as condições atmosféricas — com grande aporte de calor e umidade, além da intensificação e mudança na direção dos ventos com a altura, — criaram um ambiente favorável à formação de tempestades severas e tornados no estado.
O tornado que arrasou Rio Bonito do Iguaçu foi classificado como de categoria F3 na escala Fujita, com ventos estimados entre 300 km/h e 330 km/h. Na sequência, outras duas tempestades severas também geraram tornados: uma em Guarapuava, especialmente na região do distrito de Entre Rios, classificada como F2, com ventos próximos de 250 km/h; e outra em Turvo, ao sul da área urbana central, também classificada como F2, com ventos ao redor de 200 km/h.
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Editor
Jornalista formado pela PUCPR com 25 anos de carreira. Especializado em política, economia e cotidiano. Pós-graduado em Sociologia Política pela UFPR e em Planejamento/Gestão de Negócios pela FAE
