Um ciclone extratropical se aproxima do Sul do Brasil nesta quarta-feira (23) com previsão de ventos que podem chegar a 100 km/h e risco de enchentes. Dessa forma, é preciso saber como se proteger em caso de tempestades.

árvores balançando por causa de vento forte para ilustrar a chegada do ciclone extratropical
Vendaval, fortes chuvas e até queda de granizo são esperados (Foto: Divulgação/Inmet)

Na quinta-feira (24), os temporais atingem o centro-sul, o leste de Mato Grosso do Sul, o estado do Paraná e o norte de Santa Catarina.  Por causa dos altos volumes de chuva acumulados, há condições para a formação de alagamentos e/ou enchentes, de acordo com o Climatempo.

Porém, além do ciclone extratropical o meteorologista do Guilherme Borges explica que a atuação de uma baixa pressão sobre o Paraguai e o forte transporte de umidade da faixa norte também impactam no grande volume de chuva.

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) alerta também para fortes ventos que podem chegar a 100 km/h, com risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e de descargas elétricas.

Veja como se proteger durante o ciclone extratropical

A Defesa Civil do Paraná alerta e dá dicas de como se proteger em diversos eventos meteorológicos.

Ventania:

  • Procure um abrigo o mais rápido possível, e não saia até que o vendaval pare.
  • Se notar o risco de desabamento do telhado, saia do local e comunique o risco, inclusive às autoridades.
  • Revise a resistência de sua casa, principalmente o madeiramento de apoio do telhado e a amarração das telhas no madeiramento, se tiver.
  • Guarda-chuvas podem atrapalhar o deslocamento, evite utilizar estes materiais ao se locomover em ventos fortes.
  • Não se abrigue embaixo de árvores ou coberturas metálicas frágeis, elas podem cair e causar ferimentos.
  • Se precisar se deslocar, diminua ao máximo seu atrito com o vento.
  • No carro, se possível, estacione o veículo em local seguro e espere o vento forte passar.
  • Se necessário, e possível, entre em uma edificação.
  • Não estacione o carro próximo a torres de transmissão e placas de propagandas.
  • Se não for possível estacionar, diminua a velocidade e procure um local seguro para estacionar assim que possível, pois o vento pode desestabilizar a direção do veículo.

Granizo:

  • Permaneça abrigado e não saia até que a chuva de granizo pare.
  • Em hipótese alguma suba em telhados molhados. Os reparos devem ser feitos por pessoal especializado e com segurança para evitar quedas.
  • Se notar o risco de desabamento do telhado, saia do local e comunique o risco, inclusive às autoridades.
  • Fique atento à ocorrência de trovoadas e evite estar sobre ou próximo a estruturas metálicas.
  • Cuidado ao se deslocar, pois o granizo deixa o piso escorregadio, podendo causar quedas.
  • Se possível, estacione o veículo em local seguro e espere a chuva de granizo passar.
  • Não estacione o carro próximo a torres de transmissão e placas de propagandas.
  • Permaneça dentro do veículo até o término da queda de granizo, e, se houver algum papelão no carro, use-o para forrar o para-brisa por dentro, evitando que, em caso de quebra, os cacos possam atingir os ocupantes.

Alagamento:

  • Não deixe crianças brincarem nas águas de inundações, alagamento e enxurradas. Além de vários perigos, elas poderão estar contaminadas.
  • Caso perceba que o volume de água está subindo, ameaçando seus bens, eleve os objetos. Mas atenção! Somente faça isso se não houver riscos.
  • Se, por algum motivo, ficar ilhado, ligue 193 – Corpo de Bombeiros ou Defesa Civil pelo 199.
  • Proteja-se em locais elevados até a água baixar.
  • Fique atento às informações das rádios.
  • Estando em veículo, se possível, estacione em um local elevado e espere a água baixar.
  • Não fique próximo a caminhões ou ônibus. Veículos de grande porte provocam ondas que podem alagar o seu carro e fazer com que perca o controle da direção.
  • Não pare o carro próximo a árvores ou postes.
  • Evite atravessar áreas alagadas, só faça isso se for realmente necessário. Se precisar fazê-lo, atente para o seguinte:
  • Não tente atravessar vias com água acima da metade da roda (observe outros carros) e mantenha sempre a rota da rua sem fazer desvios, evitando buracos escondidos na margem.
  • Se precisar atravessar um local alagado: ande em 1° marcha e devagar sem jamais trocar de marcha dentro d’água, mantendo a aceleração constante, por volta dos 2.500 giros, para evitar que entre água pelo escapamento e o carro apague.
  • Mantenha distância do carro da frente, pois, se o mesmo apagar, você tem a opção de fazer uma rota alternativa.
  • Se o carro morrer, não tente fazê-lo pegar. Solicite ajuda e, se possível, retire-o do local onde está parado, para que a água não entre no veículo causando panes.
  • Se não houver como movê-lo, não espere dentro do carro o volume de água diminuir, pois, na maioria das vezes, a tendência é aumentar e você poderá ficar preso ao veículo, sem poder sair. Veja a maneira mais segura de fazê-lo, se necessário aguarde por socorro sobre o carro.
  • Tente estacionar em regiões mais altas. Se o nível da água atingir o batente inferior da porta é hora de abandonar o veículo. Com água acima das rodas, o carro começa a boiar e fica sem controle. Se alcançar as janelas, ocorre o bloqueio das portas, impedindo a saída e dificultando o resgate.
  • Se não for possível abandoná-lo, chame por socorro (ligue 193 ou 199) e aguarde no teto do veículo.

Tempestade de raios:

  • Busque refúgio no interior de edifícios.
  • Durante as tempestades fique em casa e saia somente se for absolutamente necessário.
  • Não retire nem coloque roupa em estendedores (varais) de arame durante a tempestade.
  • Mantenha-se afastado e não trabalhe em cercas, alambrados, linha telefônicas ou elétricas e estruturas metálicas.
  • Não manipule materiais inflamáveis em recipientes abertos.
  • Não operar tratores ou máquinas, especialmente, para rebocar equipamentos metálicos.
  • Se você estiver viajando permaneça dentro do automóvel; os automóveis oferecem uma excelente proteção contra raios.
  • Evite áreas altas, busque refúgio em lugares baixos.
  • Não solte pipa e não carregue objetos como canos e varas.
  • Mantenha-se longe de árvores isoladas.
  • Não fique em áreas abertas como praias, piscinas, estacionamentos ou campos de futebol.
  • Em casa, permaneça longe de portas e janelas.
  • Durante uma tempestade, não utilize aparelhos eletrodomésticos, mantenha-os desligados das tomadas e, também, desconecte da antena externa o televisor, assim você estará reduzindo danos.
  • Evite utilizar equipamentos ligados à rede elétrica ou telefônica.
  • Ao sentir carga elétrica em seu corpo (caracterizada por eriçamento do cabelo e formigamento da pele) jogue-se ao chão.
  • Preste atenção à previsão do tempo para o princípio e fim da tarde, quando ocorre a maioria das trovoadas.
  • Tenha um plano de fuga para qualquer atividade ao ar livre e afaste-se dos cumes das montanhas antes do meio-dia.
  • Se tiver de fazer uma longa travessia de barco, tenha especial atenção. As embarcações são lugares expostos.
  • Com mau tempo, evite árvores altas, picos desprotegidos, campos abertos e ou mesmo praias e piscinas.
  • Na floresta, procure um conjunto de árvores de altura regular e numa zona baixa, mas longe d’água. Afaste-se de troncos e raízes.
  • Se for apanhado em céu aberto, evite árvores isoladas, Faça do corpo uma “bola com pés”, acocorando-se com eles o mais junto possível. Não toque com as mãos no chão.
  • Para minimizar o número de pessoas afetadas por um raio, não se junte em grupo. A corrente elétrica pode passar de uma pessoa para outra sem que elas se toquem. Afaste-se de objetos metálicos, especialmente armações de tendas e barracas ou cercas de arame, uma vez que se trata de bons condutores.
  • Quando acampar, monte sua barraca longe de lugares com maior probabilidade de queda de um raio, tais como, árvores altas e isoladas.
  • Certifique-se de que a tempestade passou completamente antes de prosseguir seu caminho.

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Mahara Gaio

Repórter

Jornalista formada pela Universidade Positivo e pós-graduada em Jornalismo Digital. Produz pautas com foco em Clima e Tempo, além de Segurança, com ênfase em crimes e acidentes de repercussão no Paraná.

Jornalista formada pela Universidade Positivo e pós-graduada em Jornalismo Digital. Produz pautas com foco em Clima e Tempo, além de Segurança, com ênfase em crimes e acidentes de repercussão no Paraná.