O La Niña chegou ao fim e o término do fenômeno pode causar mudança nos padrões climáticos do Sul do Brasil. A Administração Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA) confirmou que o Oceano Pacífico voltou a apresentar condições de neutralidade em março deste ano, o que causa impactos em várias regiões.

Isso significa que o Brasil não está mais sob influência nem do La Niña e nem do El Niño, em uma “fase neutra”, segundo o Climatempo.
Impactos no Sul do Brasil
A mudança no Oceano Pacífico pode modificar a distribuição das chuvas. O término do La Niña pode transformar o clima do Brasil, deixando-o mais irregular.
No Sul, a expectativa é de que os períodos de chuva e seca fiquem instáveis. Durante a La Niña, é comum que o Sul do País fique mais seco, enquanto o Norte e o Nordeste recebem mais chuva.
“Com o fim do fenômeno, esse padrão começa a perder força. O Sul, por exemplo, pode ter períodos de chuva e seca se alternando com mais frequência”, disse a Climatempo.
Enquanto isso, a expectativa é que as regiões Norte e Nordeste observem leve diminuição das chuvas nos próximos meses.
O que significa o fim do fenômeno climático
Conforme a NOAA, as temperaturas do mar na região central do Pacífico, anteriormente abaixo da média, normalizaram. Alterações nos ventos e nas nuvens indicam o fim da influência da La Niña.
“A previsão é que essa fase neutra continue pelos próximos meses, com mais de 50% de chance de persistir até o trimestre entre agosto e outubro”, afirma a Climatempo.
Os efeitos do fenômeno, que foi confirmado em dezembro do ano passado, estavam sendo acompanhados pela NOAA.
Ainda de acordo com a Climatempo, para o segundo semestre do ano os modelos de previsão climática ainda mostram bastante incerteza.
“Existe uma chance de 38% de a La Niña voltar, e menos de 20% de termos um novo El Niño. No entanto, como essa é justamente a época do ano em que os modelos costumam ter o pior desempenho, ainda é cedo para afirmar com segurança o que vai acontecer nos próximos meses”, destaca a empresa de meteorologia brasileira.
Desta forma, é necessário aguardar por mais algumas atualizações para entender melhor o comportamento dos oceanos e da atmosfera. O próximo boletim da NOAA deve ser divulgado em 8 de maio.
O que é o La Niña?
O La Niña consiste no resfriamento em grande escala das temperaturas da superfície do Pacífico equatorial, especialmente na sua região central e oriental. Ele causa mudanças na circulação atmosférica tropical, incluindo os ventos, a pressão e os padrões de chuva.
Geralmente, anos sob influência do La Niña são mais frios, enquanto os de El Niño são mais quentes. No entanto, as mudanças climáticas têm bagunçado a influência dos fenômenos.
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