“Eu fico mais desanimado quando não tem sol” – quem nunca disse isso ou ouviu alguém falar? A típica frase é verdade comprovada pela ciência, já que o nosso humor realmente tende a mudar de acordo com o tempo. De modo geral, dias ensolarados costumam trazer uma sensação de bem-estar e disposição, enquanto dias nublados ou chuvosos podem deixar algumas pessoas mais introspectivas ou desanimadas.

Céu de Curitiba cinza nublado, sem abertura de sol.
Dias cinzas, frios e sem sol impactam no humor. (Foto: Kainan Lucas/RICTv)

No entanto, especialistas alertam que é preciso estar atento a essa mudança de humor e comportamento, para que ela não avance de “passageira” para “persistente”. A psicóloga terapeuta Ligia Guerra alerta para a chamada “depressão de inverno”.

Ela explica que “a luz solar tem relação direta com a produção da serotonina e melatonina, que são neurotransmissores que regulam o humor e o sono, por exemplo. Então, a falta de exposição à luz solar pode acarretar alguns sintomas como falta de energia, alteração de apetite e de sono, isolamento social, e até uma certa tristeza que parece não ir embora, podendo se transformar em um quadro de ansiedade”, explica.

Ela ainda ressalta a ligação entre a luz solar e a produção de vitamina D, o que está diretamente relacionado ao importante papel na manutenção da saúde mental.

“Por isso, a alteração na rotina pode se tornar comum e se transformar em um problema, já que muitas vezes dias cinzentos, nublados e ainda com agravante do frio, podem desmotivar as pessoas não só a praticarem atividades físicas, mas a manterem atividades sociais no geral, podendo acarretar sintomas depressivos.

Com a falta de sol, como prevenir?

Com a chegada do outono, a psicóloga destaca as principais estratégias para evitar que o quadro se agrave. Entre elas, buscar equilíbrio na exposição ao sol – se for o caso, até mesmo com uso de luz artificial para tentar combater.

Além disso, tentar manter a rotina de exercícios de alguma maneira e cuidar da alimentação. Caso a pessoa não consiga sentir uma diferença significativa, é preciso procurar ajuda médica e psicológica, porque às vezes isso se reflete mais no frio, mas já é algo que está latente ali nas outras estações.