O prefeito de General Carneiro, cidade do sul do estado que foi atingida pela enchente na madrugada desta quinta-feira (7) lamentou os prejuízos causados pelo temporal e, especialmente, o desaparecimento de Kimberly Camargo, a menina de dois anos que foi arrastada pela enxurrada. Joel Martins destacou que o nível do rio Torino, que corta a cidade, subiu muito rapidamente com as fortes chuvas, provocando muitos estragos em várias regiões do município.

“O problema nosso é o nosso rio Torino, que subiu muito rápido. Isso porque o volume de água foi desproporcional, de 200 mm em uma hora, segundo a nossa Defesa Civil. Então não tem ponto que resista. Então ele invadiu comércio, invadiu residências. Agora trabalhamos para restaurar o que foi destruído”, relatou o prefeito em entrevista ao repórter Cristiano Michel.
Prioridade é reestabelecer abastecimento de água
Martins destaca que uma das questões que mais causa preocupação no momento é o reestabelecimento do fornecimento de água às regiões da cidade que ficaram desabastecidas.

“Nós ficamos com o bairro São João interditado à locomoção de ônibus e caminhões, porque só tinha uma estrada de chão. Mas agora à tarde será reestabelecido o tráfego. Então, a preocupação é que nós estamos sem água, porque as travessias de um lado para o outro passam pelo rio. E não tem como, a enchente levou todas as travessias. Mas a Sanepar está desde às 8h30 trabalhando, primeiro reestabelecendo a captação, e já tem um grupo trabalhando na distribuição”, complementa.
Entretanto, em meio a toda a destruição na cidade, o prefeito lamentou mesmo o desaparecimento de Kimberly, que ainda não foi encontrada pelos bombeiros que realizam as buscas na região. Ele foi até o local onde a menina desapareceu para acompanhar o trabalho do Corpo de Bombeiros.
“Tudo isso é só material. Agora, qualquer pai, qualquer mãe, qualquer pessoa daria tudo, um carro novo que roubassem, por essa filhinha que está desaparecida. Isso entristece muito a todos nós. A perda financeira é ruim para todos, sem dúvida, mas tudo na vida é recuperado, menos as nossas vidas. E uma criança de três aninhos é muito triste. A gente tá num luto tremendo e ainda mais triste porque estamos tendo dificuldade de localizar”, conclui.

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