Os motoristas e cobradores das empresas de ônibus Auto Viação Mercês e Auto Viação São Braz entraram em greve na manhã deste sábado (21) por causa do não pagamento da segunda parcela do 13º salário e do adiantamento salarial (vale). Havia boatos de que alguns motoristas pretendiam sair com os ônibus das garagens e, como forma de protesto, liberar a catraca para passageiros embarcarem sem pagar a tarifa, mas os veículos foram impedidos de deixar o pátio.
Após uma assembleia da categoria, os funcionários das duas empresas do transporte coletivo que haviam paralisado suas atividades, voltaram a trabalhar ainda no começo da tarde deste sábado (21), mesmo sem receber o pagamento e a situação das linhas já está normalizada, segundo a Urbs.
Durante o movimento, foi definido um novo prazo para pagamento do 13º e do vale até segunda-feira (23). Caso o dinheiro não seja depositado, a categoria ameaça realizar uma greve geral no mesmo dia.
A possibilidade de paralisação já estava sendo programada durante a semana, porém, apenas funcionários das duas empresas deixaram de receber o benefício nesta sexta.
As duas empresas são responsáveis por operar as linhas Interbairros II, Inter II, alimentadores da região do bairro de Santa Felicidade, ligeirinho Bairro Alto, trechos de Campo Magro, além de alguns veículos da linha Turismo,que faz o circuito nos principais pontos de visitação de Curitiba.
Em nota, o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc) afirma que a greve foi iniciada em conformidade com o que havia sido estabelecido em audiência realizada no Ministério Público do Paraná. Na ocasião, ficou acertado que a noite de sexta-feira (20) seria a data limite para pagamento aos trabalhadores.
Segundo a nota, o diretor da Auto Viação Mercês, Marcelo Bertoldi, alegando que a empresa teria prejuízo financeiro com o possível protesto de funcionários, decidiu não liberar os ônibus da garagem durante a madrugada, forçando os motoristas a não assumir seus postos de trabalho.
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Urbs
A Prefeitura de Curitiba emitiu uma nota afirmando que, por meio da Urbs, notificou na manhã deste sábado (21) os consórcios que fazem a operação do transporte coletivo para que normalizem a circulação de seus ônibus e informou que tomará medidas judiciais para assegurar o cumprimento do contrato.
O comunicado garante que, ao longo do ano, todos os repasses da prefeitura para que as empresas pagassem o 13º salário foram realizados em dia.
A nota afirma ainda que qualquer iniciativa das empresas para impedir a circulação dos ônibus será entendida como tentativa de locaute e quebra de contrato. O fato será formalmente comunicado ao Ministério Público.
Um plano de contingência está sendo executado pela Urbs para compensar a falta dos ônibus nas linhas operadas pela Mercês.
A Urbs informou ao governo do Estado, por meio da Comec (Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba), sobre a empresa São Brás, que também manteve os ônibus parados nesta manhã. A empresa atende a linhas metropolitanas, de responsabilidade da Comec.
