Uma das seis vítimas fatais do tornado que atingiu o Paraná na última sexta-feira (7), José Gieteski, de 83 anos, morreu enquanto rezava com a esposa em casa, segundo o filho do casal Antonio Guarnieri. A mulher está internada com ferimentos graves na UTI.

“O que me conforta é que ele faleceu em paz, porque ele estava com a mãe rezando”, disse Antonio à Ric RECORD.
O velório da vítima e de outras três pessoas aconteceu neste domingo (9) no Salão Comunitário de Campo do Bugre, em Rio Bonito do Iguaçu.
Ventos chegaram a 300 km/h no Paraná, diz Simepar
Por volta das 18h, uma tempestade supercelular atingiu Rio Bonito do Iguaçu, provocando danos significativos na área urbana. Foi um tornado de categoria F3 na escala Fujita, com ventos estimados entre 300 km/h e 330 km/h.
Na sequência, outras duas tempestades severas também geraram tornados: uma em Guarapuava, especialmente na região do distrito de Entre Rios, classificada como F2, com ventos próximos de 250 km/h; e outra em Turvo, ao sul da área urbana central, também classificada como F2, com ventos ao redor de 200 km/h.
As análises foram realizadas a partir das imagens do radar meteorológico de Cascavel, observações com sobrevoo de um meteorologista do Simepar em Rio Bonito do Iguaçu e região, ao lado de engenheiros do Corpo de Bombeiros, e registros compartilhados pela população e veículos de comunicação.
Tornado no Paraná é o mais devastador da história recente do Estado
O Paraná viveu, nesta sexta-feira (7), um dos eventos meteorológicos mais severos de sua história recente. Ao menos seis pessoas morreram e 773 ficaram feridas após a passagem de um tornado na região centro-oeste do Estado. Os fortes ventos deixaram um rastro de destruição na cidade de Rio Bonito do Iguaçu, município de cerca de 14 mil habitantes, localizado a aproximadamente 380 quilômetros de Curitiba.

Em entrevista ao jornal Estadão, Sheila Paz, meteorologista do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), detalhou as causas, a dimensão e as implicações climáticas do tornado. Ela explicou que a passagem de uma frente fria associada à formação de um ciclone na costa do Rio Grande do Sul deu origem a supercélulas de tempestade que levaram à formação do tornado.
“É um tornado extremamente violento e devastador, o pior evento de tempestade da história recente do Paraná”, afirmou Sheila, acrescentando que cerca de 80% da cidade foi afetada. Registros mostram que as rajadas provocaram destelhamento de residências, além de quedas de árvores e postes.
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