Urbs afirma que a tarifa do transporte público na capital pode aumentar no início do ano
O presidente da Urbanização de Curitiba (Urbs), Roberto Gregório, afirmou nesta sexta-feira (27) que a tarifa do transporte público de Curitiba pode aumentar no inicio do próximo ano. As negociações entre as classes patronal e trabalhadora acontecem no mês de fevereiro, mas segundo a Urbs, o reajuste pode acontecer antes disso.
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Gregório disse que a Prefeitura de Curitiba não tem condições de aumentar os repasses para o transporte coletivo. “Para aumentar o subsídio das empresas, a prefeitura teria que cortar recursos de outras áreas e isso está fora de questão”, disse o presidente da Urbs.
O Sindicato das empresas de Transporte de Curitiba (Setransp) informou ao Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus (Sindimoc) nesta quinta-feira (26) que pode atrasar o pagamento do 13° salário dos trabalhadores e que estuda a possibilidade de demitir aproximadamente dois mil profissionais, sem o pagamento de verbas rescisórias.
As empresas afirmam que estão operando no vermelho e que não tem dinheiro para efetuar os pagamento integral do 13° salário e que podem até atrasar o pagamento do vale dos trabalhadores no mês de janeiro.
Empresas de ônibus de Curitiba usam o medo para pressionar Urbs a aumentar tarifa
O vereador Jorge Bernardi, presidente da CPI do transporte na Câmara Municipal de Curitiba desmente as empresas e diz que “cada centavo da tarifa de ônibus em Curitiba rende mais de R$ 3,1 milhões”. O vereador diz não ter dúvidas de que a passagem de ônibus na capital poderia ficar abaixo dos R$ 3. As empresas pedem uma tarifa de pelo menos R$ 3,40.
Nesta sexta-feira (27) o Sindimoc realizou assembleias nas garagens das empresas de ônibus e os trabalhadores aprovaram indicativo de greve geral dos ônibus do sistema público da capital para a próxima terça-feira (1°), a partir da 00h. Quase 1,8 milhão de pessoas por dia dependem do transporte coletivo em Curitiba. “Se o 13° não for depositado no dia 30, os ônibus vão parar a partir da meia-noite do dia 1°”, enfatizou o presidente do Sindimoc, Anderson Teixeira.
Saiba mais detalhes na reportagem exibida no RIC Notícias de sexta-feira (27):