Os trabalhadores da limpeza pública de Curitiba recusaram a proposta do Ministério Público do Trabalho, que pedia um reajuste de 9,7% nos salários (sendo 2% de ganho real acima da inflação) e 16,4% no vale (valor de reajuste das cestas básicas). Com a decisão, a greve continua. Uma nova audiência de conciliação está marcada para acontecer às 14h30 desta quinta-feira (19), no Tribunal Regional do Trabalho.

Coletores de lixo, varredores, roçadores e serventes reivindicam melhorias nas condições de trabalho e um aumento de 20% nos salários e 30% no vale alimentação. A Cavo ofereceu apenas 4% de reajuste, o que gerou insatisfação da categoria.

Multa

Na terça-feira (17), o Tribunal Regional do Trabalho do Paraná determinou que 40% dos trabalhadores em greve na Cavo retornem ao trabalho. Caso a categoria descumpra a determinação, o sindicato deve ser multado em R$ 20 mil ao dia. O percentual fica reduzido para 30% nos sábados, a partir das 13h, e nos domingos e feriados.

O Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação de Curitiba (Siemaco) afirmou que foi notificado e que aguarda a apresentação de uma escala da prefeitura de Curitiba e da Cavo para colocar o efetivo mínimo de trabalhadores nas ruas.

Em nota, a Prefeitura de Curitiba afirmou que cabe a Cavo a negociação de salários e benefícios com os trabalhadores e lamentou que a proposta apresentada pela empresa não tenha sido satisfatória aos trabalhadores.

A prefeitura informou que possui um planejamento especial para minimizar os impactos da greve na limpeza e coleta de resíduos na cidade e que vai implementá-lo progressivamente conforme as necessidades e acompanhando as negociações.

A Secretaria de Meio Ambiente pede que a população não disponha o lixo na rua até pelo menos 48 horas após o próximo dia e horário previstos para coleta e que vai informar quais bairros podem colocar os resíduos para a coleta emergencial.

Confira a reportagem exibida no Balanço Geral Curitiba: