Categoria reclama dos atrasos constantes dos salários e vales por parte dos empregadores

Os motoristas e cobradores do transporte coletivo de Curitiba e Região Metropolitana fizeram uma breve paralisação na tarde desta sexta-feira (08) em protesto contra mais um atraso nos salários. A manifestação aconteceu na Praça Rui Barbosa, no Centro da capital e durou cerca de 30 minutos.

O Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc) disse que os trabalhadores entrarão em greve a partir das 00h de terça-feira (12), caso as empresas não regularizem os salários, que venceram nesta sexta-feira.

Essa quinta-feira (7) foi o dia definido pela CCT como data de pagamento salarial de motoristas e cobradores. Até o final da tarde de hoje, dia 8, apenas 11 empresas haviam pagado salários a motoristas e cobradores, das 28 que operam o sistema em Curitiba e Região”, disse o sindicato em seu site.

Desde dezembro último está aberto indicativo de greve permanente, por conta dos constantes descumprimentos de prazos por parte das empresas. “Há meses motoristas e cobradores do transporte coletivo vêm enfrentando esse descaso por conta dos patrões que atrasam salários, vales e ameaçam não pagar os direitos, como o 13º salário”, reclama a categoria.

A Urbanização Curitiba (Urbs) informou em nota que os pagamentos relativos aos serviços prestados pelas empresas do transporte coletivo estão em dia e que vai notificar as empresas para que comprovem o depósito dos salários. A Urbs disse também que vai autuar os patrões por causa dos atrasos que a manifestação dos trabalhadores ocasionou na tarde desta sexta. Segundo o órgão, 25 linhas de ônibus foram prejudicadas pelo protesto dos motoristas e cobradores. O Sindimoc diz que foram apenas seis linhas.

O Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp) disse que algumas empresas estão com dificuldades com a folha salarial de seus colaboradores e que estão se esforçando para realizar o pagamento o mais breve possível e evitar transtornos à população.

As empresas de ônibus reclamam que a tarifa técnica do transporte não é suficiente para cobrir os gastos do sistema, o que é visto como uma forma de pressionar um reajuste na tarifa.