Maringá - A greve transporte público de Maringá e Região Metropolitana entra no segundo dia nesta sexta-feira (11). Desde a 0h da última quinta-feira (10), os trabalhadores de duas empresas que prestam o serviço paralisaram as atividades.

Na tarde de quinta-feira, representantes da Prefeitura de Maringá, das empresas que prestam o serviço (Transporte Coletivo Cidade Canção e Cidade Verde) e do Sindicato dos Trabalhadores em Veículos Rodoviários de Maringá (Sinttromar) se reuniram para discutir o fim da grave.
O encontro foi mediado pelo Tribunal Regional do Trabalho da 9ª região (TRT9), mas terminou sem acordo entre as partes.
Após o encontro, a desembargadora do TRT9 Rosemarie Diedrichs Pimpão emitiu liminar após o encontro determinando frota mínima de 50% nos veículos de transporte público em Maringá e região. Em horários de pico a determinação aponta que 70% dos ônibus devem circular.
Em caso de descumprimento, o Sinttromar será multado em R$ 50 mil por cada dia de greve. Mas até o fechamento dessa matéria, a paralisação no transporte público seguia em Maringá e região.
Greve do transporte público em Maringá começou após desacordo na remuneração aos funcionários

As empresas Transporte Coletivo Cidade Canção e Cidade Verde operam nas cidades de Maringá, Sarandi, Paiçandu, Itambé, Ivatuba, Floresta e Doutor Camargo. Estimativas dessas companhias apontam que cerca de 100 mil pessoas utilizem o serviço diariamente.
Segundo a repórter Fernanda Batistella da RICtv, centenas de ônibus estão parados nas garagens de ônibus dessas empresas. Os trabalhadores fizeram algumas exigências para encerrarem a greve:
- 8% de reajuste anual;
- Vale-Alimentação de, no mínimo, R$ 800;
- Plano de saúde compatível com as respectivas funções.
Batistella ainda pontuou que a proposta feita aos trabalhadores foi de reajuste em 6%, Vale-Alimentação de R$ 600 e sem alterações no plano de saúde. As negociações estão sendo realizadas desde a última semana e foram interrompidas na última quarta-feira.
Entre os impactos provocados pela greve está a paralisação das refeições no Restaurante Universitário (RU) da Universidade Estadual de Maringá (UEM). A justificativa da UEM foi que “grande parte dos servidores” não consegue chegar ao local de trabalho devido a interrupção do transporte público.
Sindicato critica “falta de avanço” e Prefeitura diz “não tomar decisões na base da pressão”

Após a reunião, o Sinttromar emitiu nota à imprensa e criticou a demora na resolução da greve pela Prefeitura e empresas do transporte público.
“Não houve nenhum avanço ou apresentação de contraproposta por parte das empresas. Decidimos por unanimidade continuar com a greve”, pontuaram
Já o prefeito de Maringá, Silvio Barros (PP), concedeu entrevista coletiva e defendeu que a Prefeitura “não tome decisões na base da pressão”.
“Nós não podemos fazer tudo que eles querem, no momento em que eles querem, embora a nossa intenção seja essa. Também deixei claro que não vamos tomar decisões na base da pressão, que envolvem todo o interesse da comunidade”, disse Barros.
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