Curitiba - A motorista que atropelou uma criança de quatro anos, que usa cadeira de rodas, enquanto ela atravessava a faixa de pedestres afirmou à Polícia Civil do Paraná (PCPR), em depoimento, que deixou o local sem ajudar porque ficou “nervosa”. O atropelamento aconteceu na quinta-feira (4) e foi registrado por uma câmera instalada em um carro que passava pelo bairro Mercês, em Curitiba.
A criança não percebeu o que aconteceu
Maitê, de quatro anos, estava acompanhada da mãe, Jéssica Andrade de Faria. Segundo ela, as duas tinham acabado de descer de um ônibus e iniciado a travessia quando um segundo coletivo, que vinha logo atrás, parou, acionou o pisca-alerta e indicou para que os demais motoristas fizessem o mesmo.
“Na hora eu só consegui puxar ela para perto do meu corpo. Ela ficou tão em choque que não chorou”, relatou Jéssica.
A motorista que provocou o atropelamento tem 47 anos e não possui antecedentes criminais. A polícia informou que, após o ocorrido, ela seguiu para Santa Catarina, onde disse ter compromissos profissionais.
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“Ela afirmou que ficou nervosa e que não sabia o que fazer no momento. No depoimento disse que estava arrependida do fato. Mas a lei é muito clara, o pedestre quando inicia a travessia, os veículos devem parar e aguardar ”, explicou o delegado Edgar Santana.
Mulher que atropelou criança cadeirante pode pegar até 4 anos de prisão
A investigação apura lesão corporal. Se essa suspeita for confirmada, a condutora também poderá responder por omissão de socorro e por ter deixado o local do acidente. As penas podem chegar a quatro anos de prisão.
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Repórter
Jéssica Ibrahin é formada em Jornalismo e pós-graduada em Ciência Política pela UNICAP. Atuou em redações de rádio, TV e portais de notícia, com experiência em entrevistas e reportagens sobre política, cultura e comportamento.
