O Tribunal Regional do Trabalho (TRT_PT) determinou na tarde desta quarta-feira (18) que 40% dos trabalhos de coleta de lixo sejam mantidos durante a greve do trabalhadores da limpeza pública de Curitiba. A paralisação teve início nesta terça-feira (17), depois que os trabalhadores rejeitaram uma proposta de aumento de 10% nos salários e de 15% no vale-alimentação feita pela empresa Cavo.
A desembargadora Ana Carolina Zaina, vice-presidente do TRT-PR, concedeu a liminar após pedido feito pelo Ministério Público. De acordo com a decisão, o porcentual da coleta poderá ser reduzido para 30% a partir das 13 horas aos sábados, domingos e feriados. Além disso, a coleta de lixo hospitalar deve ser normalizada, ou seja, com manutenção de 100% do trabalho.
Caso a ordem judicial não seja obedecida, o Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação de Curitiba (Siemaco) deverá pagar multa diária de R$ 20 mil.
Estão prejudicados os serviços de coleta de lixo, varrição de rua e roçadas. Aproximadamente 2,5 mil funcionários atuam na limpeza de ruas, avenidas, praças e outros espaços públicos da capital paranaense. Segundo o Siemaco, o pedido dos trabalhadores é de reajuste de 20% nos salários e de 30% no vale-refeição.
Uma audiência de conciliação entre os trabalhadores e a empresa Cavo está marcada para as 15h30 desta quarta-feira (19), na sede do TRT.
Reforço
Além disso, a Prefeitura garante que será intensificada a coleta seletiva já realizada através das cooperativas de reciclagem.
A Prefeitura pede ainda que população não disponha os resíduos na rua até pelo menos 24 horas depois do próximo dia e horário previstos para coleta, aguardando as orientações do Departamento de Limpeza Pública.
Se for necessário, a partir de quarta-feira (19) serão instalados pontos especiais de coleta onde a população poderá fazer o descarte emergencial de resíduos orgânicos. A Secretaria do Meio Ambiente pede que nestes pontos seja descartado o mínimo necessário de resíduos, nesta fase emergencial.