Em julgamento realizado nesta quarta-feira (12) o Tribunal Superior do Trabalho (TST) considerou abusiva a greve dos funcionários dos Correios e determinou a volta ao trabalho na próxima sexta-feira (14). A greve já dura 42 dias e começou no dia 29 de janeiro em atinge 15 estados. No Paraná os trabalhadores decidiram juntar-se à paralisação nacional em assembleias realizadas pela categoria em Curitiba, Maringá, Cascavel, Ponta Grossa e Londrina.
De acordo com o Tribunal, caso a decisão não seja acatada pelos grevistas, o sindicato da categoria deverá pagar multa diária de R$ 20 mil.
Por unanimidade, os ministros da Seção Especializada em Dissídios Coletivos também decidiram cortar 15 dias do salário dos empregados referente ao mês de abril. Dos 42 dias parados, os trabalhadores devem fazer a compensação de 27 dias. Em decisão anterior, no dia 15 de fevereiro, o TST proibiu os Correios de descontar do salário dos funcionários em greve, porém determinou que 40% dos empregados continuassem trabalhando.
A principal alegação apesentada pela Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect) era que os Correios violaram cláusulas do plano de saúde dos funcionários. Os ministros do TST entenderam que não houve descumprimento da clausula que trata do plano de saúde.
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