Curitiba - A Escola de Samba Mocidade Azul chega ao Carnaval de Curitiba 2026 embalada pelo título do Grupo Especial em 2025 e pela divulgação do samba-enredo que vai conduzir seu próximo desfile. Com uma proposta que exalta o sonho, a inclusão e a felicidade como formas de resistência, a agremiação promete levar à avenida uma mensagem de esperança e transformação social.
Campeã do Grupo Especial em 2025
No Carnaval de Curitiba 2025, a Mocidade Azul conquistou o primeiro lugar do Grupo Especial, somando mais um troféu à sua trajetória de sucesso. Com isso, a escola chegou ao 23º título, sendo 22 deles no Grupo Especial, feito que reforça sua força artística, organizacional e comunitária dentro da maior vitrine do samba local.
História e origem da Mocidade Azul
O Grêmio Recreativo Escola de Samba Mocidade Azul foi fundado em 1972 e tem sua origem ligada a uma torcida organizada de mesmo nome, criada para apoiar o Esporte Clube Pinheiros. Ao longo das décadas, a escola ampliou sua atuação e se consolidou como uma referência cultural em Curitiba, indo muito além dos desfiles oficiais.
Uma das maiores campeãs do carnaval curitibano
Com um histórico impressionante, a Mocidade Azul acumula 23 títulos, sendo uma das escolas mais premiadas do carnaval da cidade. A agremiação foi pentacampeã em 2019, conquistou o vice-campeonato em 2020 e voltou ao topo como campeã em 2023, além do título mais recente em 2025.
Trabalho social e valorização da cultura afro
Além dos desfiles e apresentações em grandes eventos, a Mocidade Azul mantém um trabalho contínuo junto à sua comunidade. A escola promove ações sociais durante todo o ano, como mutirões, oficinas de passistas, percussionistas, além da formação de porta-bandeiras e mestres-salas.
O fomento da cultura carnavalesca e da cultura afro-brasileira é um dos pilares da agremiação, que utiliza o samba como ferramenta de inclusão, identidade e transformação social.
Samba-enredo 2026 aposta no sonho como resistência
Após a conquista do título em 2025, a expectativa em torno da Mocidade Azul para o Carnaval de Curitiba 2026 é alta. A escola promete manter o padrão de excelência que marcou sua trajetória, unindo tradição, inovação e forte ligação comunitária para mais um desfile competitivo na Avenida.
Para o Carnaval de Curitiba 2026, a Mocidade Azul leva à avenida um samba-enredo que celebra o sonho como força transformadora e o carnaval como espaço de realização coletiva. A letra destaca a utopia de uma vida bela, onde o bem vence o mal, a inclusão prevalece e a alegria se torna um direito de todos.
Trechos como “não há felicidade sem sonhar” e “Mocidade na avenida é um sonho desfilando” reforçam a ideia do desfile como um ato de esperança, resistência e afirmação da identidade da comunidade, berço do samba da escola.
Valorização da inclusão e da liberdade
O samba também traz referências diretas à liberdade, à diversidade e à superação de opressões históricas. Ao afirmar que “a senzala está vazia” e que “o armário está sem ninguém”, o enredo propõe uma reflexão sobre igualdade, pertencimento e respeito, temas que dialogam diretamente com o trabalho social desenvolvido pela escola ao longo do ano.
Confira o samba-enredo na íntegra:
Não há, não há, não há
Felicidade sem sonhar
A realizar me proponhoViver no carnaval a utopia de uma vida bela
Colorindo as mazelas e os pesadelos do dia a dia….
Resistir será lembrança e assim toda a esperança se torna realidade
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Esse é um sonho real
O verdadeiro ideal
Berço do samba a minha comunidade
Me belisca, me belisca não estou acreditando
Mocidade na avenida é um sonho desfilando
E nesse enredo genial
O bem vence o mal
Corações celebram a alegria de viver, não existe mais sofrer a inclusão impera
Exemplos diversos eu sigo, o amor é meu abrigo agradecido adupé esé amém a senzala Está vazia e o armário sem ninguém na cozinha só tem festa, e agora o que me resta é divagar e ir além
Samboriê, samboriá
Morfeu me desculpe mas não vou dormir vou sonhar voar nas asas da felicidade,
Carnaval é meu dom
Sou mocidade
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Repórter
Jéssica Ibrahin é formada em Jornalismo e pós-graduada em Ciência Política pela UNICAP. Atuou em redações de rádio, TV e portais de notícia, com experiência em entrevistas e reportagens sobre política, cultura e comportamento.
