A URBS, órgão responsável pelo transporte público na capital, já está cadastrando carros particulares para atuar no transporte alternativo durante a greve dos ônibus em Curitiba, que se confirmou e começou à meia-noite desta segunda-feira (26).

 

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Os carros do transporte alternativo, devidamente cadastrados, vão passar próximo às estações-tubo e estão autorizados a entrar nos terminais de transporte, se não houver ônibus, e a circular nas canaletas. O valor máximo cobrado para o transporte deverá ser de R$ 6 por pessoa, sem mudança de preço. A distribuição dos carros de transporte alternativo será feita levando em conta os pontos de maior concentração de usuários e também regiões conhecidas pelo motorista.

Além do transporte alternativo, 200 carros oficiais da prefeitura municipal serão colocados à disposição da Urbs para fazer o transporte gratuito da população.

Cadastramento

O cadastramento de veículos particulares será aberto às 6 horas da segunda-feira (26),  na Área de Inspeção e Cadastro, que fica na ala ferroviária, na ponta interna da Rodoviária. O transporte alternativo será autorizado enquanto durar a paralisação.

Para fazer o cadastro é preciso apresentar documentos pessoais (RG e CPF, carteira de motorista) e do veículo, que devem estar em dia com as exigências do trânsito. O carro será submetido a uma rápida vistoria e, se autorizado, receberá um cartaz identificando tratar-se de veículo autorizado pela Urbs. O cartaz deverá ficar em lugar visível para a fiscalização e para o usuário.

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Táxis

Taxistas interessados em fazer transporte alternativo também poderão se cadastrar. Da mesma forma, o táxi deverá colar o cartaz de veículo autorizado pela Urbs a fazer transporte alternativo e não poderá ligar o taxímetro, cobrando R$ 6 por pessoa.

Os táxis que optarem por continuar usando o taxímetro não poderão cobrar nenhum centavo a mais do que a tabela e não poderão circular nas canaletas. Os preços do táxi estão em tabela afixada no vidro da porta de trás do carro e podem ser conferidos pelo usuário. Qualquer denúncia ou reclamação deve ser feita pelo 156.

Governo x Prefeitura

greve de ônibus em Curitiba e Região Metropolitana foi confirmada para acontecer a partir da 00h de segunda-feira (26). A confirmação foi nada pelo presidente do Sindicato de Motoristas e Cobradores de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc), Anderson Teixeira, na tarde desta  sexta-feira (23). Ele destacou que a greve é “geral e por tempo indeterminado”. Segundo o sindicato, não haverá frota mínima. “Segunda-feira não teremos nenhum ônibus na rua”, afirmou Teixeira.

Prefeitura culpa Governo por atraso nos repasses

Em nota, a Prefeitura de Curitiba deu a entender que o principal responsável pela greve é o Governo do Estado, que “desde outubro do ano passado, não faz o repasse do subsídio referente ao transporte metropolitano, totalizando uma dívida de R$ 16,5 milhões, sem contar janeiro de 2015” e que “não apresentou nenhuma proposta de pagamento desta dívida e ainda quer reduzir o subsídio metropolitano de R$ 7,5 milhões para R$ 2,3 milhões/mês”, destaca a nota.

Governo acusa URBS de evasão de recursos

Em resposta, o Governo do Estado publicou logo em seguida uma nota rebatendo as acusações da administração municipal de que seja culpado pela situação porque está devendo o repasse do subsídio às empresas desde novembro de 2014. O Governo acusa a URBS de “evasão de recursos da Região Metropolitana” e  “apropriação indébita de valores”, citando a pesquisa de origem e destino de passageiros da RIT (Rede Integrada de Transportes), encomendada pelo Estado à Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), da Universidade de São Paulo (USP).

Confira a reportagem exibida no RIC Notícias: