A Urbanização de Curitiba (URBS) quer garantir na Justiça um percentual mínimo de frota de ônibus circulando na Capital, caso os motoristas e cobradores de ônibus decidam paralisar os serviços, a partir da próxima quarta-feira (26).

Na tarde dessa segunda-feira (24), a URBS entrou com ação inibitória na Justiça do Trabalho. O pedido da URBS é que, caso ocorra greve, a categoria mantenha 80% da frota em circulação nos horários de pico e 60% fora desse horário, segundo informou a assessoria de imprensa da URBS. A decisão judicial só deve sair em caso de confirmação de greve. O Sindimoc ainda não posicionou oficialmente sobre a ação ingressada pela URBS.

A categoria irá decidir se entra ou não em greve nessa terça-feira (25), numa assembleia convocada pelo Sindicato dos Motoristas e Cobradores das Empresas de Transporte de Passageiros de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc), às 20 horas, na Praça Rui Barbosa. Caso os trabalhadores não aceitem as propostas apresentadas pelas empresas, devem parar a partir de meia noite de quarta-feira (26).

Os motoristas e cobradores anunciaram indicativo de greve após o sindicato patronal ter acenado por proposta abaixo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), já apresentado anteriormente pelo Setransp. A categoria pede um aumento real de 16% para motoristas e 22% para os cobradores, mais a correção da inflação.

Nova tarifa segue sem definição

Apesar da confirmação da renovação do convênio com a prefeitura de Curitiba para o repasse do subsídio à rede integrada de transporte ter ocorrida neste domingo (23), a Urbs ainda não definiu a nova tarifa técnica.

O novo valor deve demorar ainda uma semana para ser definido, de acordo com o presidente da URBS, Roberto Gregório, pois a principal variável para se chegar ao novo valor ainda não foi definida, que é justamente o aumento salarial dos motoristas e cobradores.

O presidente da URBS explica que atualmente as empresas pagam R$ 2,93 por passageiro transportado e o usuário para R$2,70. A diferença de R$ 0,23 é coberta pelo subsídio. O valor anunciado pelo governo do Estado, de R$ 5 milhões por mês e R$ 20 milhões pela desoneração do óleo diesel seria insuficiente, na avaliação de Gregório.