O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), corre o risco de perder o título de Cidadão Honorário concedido em 2002 pelo então vereador Ney Leprevost — atual deputado estadual do União Brasil. E pior: o magistrado pode ser declarado “persona non grata”.

A proposta contra o ministro partiu do vereador Guilherme Kilter (Novo) — que é o afilhado político de Deltan Dallagnol que coordenou a Lava Jato no Ministério Público Federal.

Na justificativa do projeto, Kilter julgou ofensivas as declarações de Gilmar Mendes que se referiu à Operação Lava Jato como “organização criminosa” e que “Curitiba tem o germe do fascismo” .

Aliás, não é a primeira iniciativa neste sentido. Justamente depois desta infeliz fala, os vereadores cogitaram anular a honraria, mas acabaram optando por uma moção de desagravo.

“Trata-se da retirada de uma distinção que perdeu seu propósito, dado que o homenageado tem sistematicamente manchado a reputação do município que o agraciou”, aponta.

O projeto já passou pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que emitiu parecer favorável, e está atualmente sob análise da Comissão de Educação, Turismo, Cultura, Esporte e Lazer para depois ir à plenário para apreciação dos vereadores.