OPINIÃO RIC é um espaço no qual o Grupo expressa seus pontos de vista sobre temas relevantes ao estado e ao país. A RIC acredita que este posicionamento reforça sua missão, que é a de contribuir para o desenvolvimento socioeconômico do Paraná. O Editorial é apresentado às quartas-feiras por Alessandra Consoli no RIC Notícias, sendo reproduzido nos demais veículos do Grupo.

O editorial desta semana aborda a violência contra as mulheres.

Violência contra mulheres exige luta contra cultura machista

Desrespeito, xingamento, abuso, agressão, estupro, assassinato.

O nível de gravidade varia, mas são todos crimes que ocorrem com uma frequência ainda assustadora todos os dias contra as mulheres. 

Somente aqui na programação da RIC TV mostramos esta semana sete casos, que fazem parte de uma situação maior e grave.

Criada há oito anos, a Lei Maria da Penha, que garante proteção às mulheres, põe na cadeia quase 40 mil homens por ano no Brasil. E ainda assim uma mulher é assassinada a cada duas horas no país.

A rede de proteção existe, mas é preciso ser mais bem utilizada e – principalmente – é preciso mudar uma cultura machista que persiste na sociedade.

Pesquisa divulgada recentemente (leia mais aqui) mostra que três em cada quatro mulheres já foram abusadas ou agredidas por seus companheiros.

Muito disso ocorre porque há uma ideia equivocada que põe as mulheres numa condição de ”natural” submissão ou então joga nas costas delas a culpa por atos covardes.

Isso é coisa da idade da pedra.

Relacionamento amoroso ou a roupa que a mulher veste jamais poderiam gerar situações propícias a crimes. É o que diz a lei.

A relação entre homem e mulher é igualitária e nenhum pode sobrepujar fisicamente o outro.

Cabe à Justiça punir com rigor quem age contra esses princípios

E cabe às mulheres não aceitar e denunciar com cada vez mais empenho agressões, que muitas vezes começam com um “simples” xingão e depois evoluem para situações muito mais graves – e igualmente revoltantes.

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Veja o Editorial no RIC Notícias: