Trabalhadores de todas as viações votaram a favor da greve. (Foto: Sindimoc)

No total, 8,75 mil motoristas e cobradores já aprovaram a medida

 O Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc) realizou, na início da manhã desta segunda-feira (23), a última assembleia para definir a paralisação geral dos trabalhadores do transporte coletivo.

A ação aconteceu às 4 horas, em frente à Viação Mercês, completando todas as viações que integram os três consórcios que operam o transporte coletivo em Curitiba (Pioneiro, Transbus e Pontual). No local, a greve foi aprovada por unanimidade pelos cerca de trezentos trabalhadores existentes.

No total, 8,75 mil motoristas e cobradores já aprovaram a medida. Além da Mercês, são funcionários das viações São José, CCD, Tamandaré Filial, Cidade Sorriso, Glória, Marechal Matriz e Filial, Santo Antônio Filial, Expresso Azul, Araucária Filial e Redentor.

O próximo passo é definir um calendário de negociações com a Urbs e a data da possível paralisação. Porém, de acordo com o presidente do Sindimoc, é muito pouco provável que ela aconteça ainda nesta semana.

O que motiva a possível greve é a posição da Urbs em desarquivar multas indevidas de 2011 e 2012 e as enviar às empresas, que já avisaram oficialmente que vão repassar a conta aos motoristas e cobradores.

Urbs

Em nota, A Urbs afirma que não recebeu nenhum comunicado sobre paralisação e mantém o posicionamento já divulgado a respeito da questão das multas. “A Urbs estranha a polêmica envolvendo as multas de 2012. Tanto o sindicato das empresas de transporte coletivo, quanto a entidade que representa os trabalhadores sabem que as infrações envolvendo motoristas e cobradores podem ser compensadas com medidas saneadoras, tais como reciclagem, treinamento, cursos. Isso já foi feito em 12 mil autos desde 2011. Além disso, as cobranças feitas pela Urbs agora contemplam cerca de R$ 2,6 milhões, dos quais apenas R$ 58,8 mil envolvem os trabalhadores. Ou seja, cerca de 98% das multas que não foram pagas dizem respeito exclusivamente às empresas. E os 2% de multas que envolvem os trabalhadores podem ser objeto de pedido de regularização via medidas saneadoras”.