Por Rajesh Kumar Singh

CHICAGO (Reuters) – As ações da Deere & Co atingiram uma máxima recorde nesta sexta-feira, depois de a empresa elevar sua previsão para os ganhos anuais e reportar uma queda muito menor que o esperado no lucro do segundo trimestre, apoiada por uma recuperação da demanda e por um aumento na adoção de tecnologias de agricultura de precisão.

A maior produtora de equipamentos agrícolas do mundo afirmou que espera agora um lucro líquido de cerca de 2,25 bilhões de dólares no ano, contra estimativa anterior de 1,6 bilhão a 2 bilhões de dólares. O fluxo de caixa operacional do ano foi estimado em 2,8 bilhões de dólares, ante um intervalo de 1,9 bilhão a 2,3 bilhões de dólares projetado em maio.

Os papéis da Deere, que acumularam alta 43% desde o fim de maio, dispararam 6% após a divulgação do balanço, atingindo o maior nível da história, de 202,81 dólares. Por volta das 14h30 (horário de Brasília), eles operavam em alta de cerca de 5%, a 201,2 dólares.

Embora a incerteza gerada pela pandemia de coronavírus e a disputa comercial entre Estados Unidos e China tenham pressionado os preços de commodities, o pacote de 19 bilhões de dólares do governo Donald Trump para o setor agrícola e a necessidade de substituição de máquinas antigas deram sustentação à demanda por equipamentos, especialmente tratores de pequeno porte.

A Deere afirmou que a persistente incerteza econômica também está levando agricultores a investir em tecnologia, visando a redução de custos e o aumento da produtividade.

Por outro lado, a demanda por máquinas de grande porte deve cair em relação ao ano passado.

O lucro da companhia no trimestre foi de 2,57 dólares por ação. As vendas de equipamentos tiveram queda de 12,4% no período –em comparação anual–, quase metade do que Wall Street esperava, a 7,9 bilhões de dólares.