NOVA YORK/LONDRES (Reuters) – Os contratos futuros do açúcar e do café robusta negociados na ICE avançaram nesta quinta-feira, impulsionados pela desvalorização do dólar.

A moeda norte-americana atingiu o menor nível em mais de dois anos em relação às principais divisas, o que torna as commodities precificadas em dólar mais baratas para investidores que detêm outras moedas.

AÇÚCAR

* O contrato março do açúcar bruto fechou em alta de 0,19 centavo de dólar, ou 1,3%, a 14,68 centavos de dólar por libra-peso, ampliando sua recuperação após a mínima de seis semanas (14,09 centavos) registrada nesta semana.

* Operadores disseram esperar que os exportadores de açúcar da Índia tentem garantir vendas rapidamente após o governo do país aprovar um programa de subsídios para até 6 milhões de toneladas do adoçante.

* Eles também destacaram que qualquer recuperação significativa nos preços dependerá da possibilidade de os fundos voltarem às posições compradas, que foram reduzidas de forma significativa ao longo do último mês.

* O Reino Unido anunciou a criação de uma cota sem tarifa para importação de 260 mil toneladas de açúcar bruto em 2021, em momento em que constrói uma política comercial independente pela primeira vez em quase 50 anos.

* O açúcar branco para março avançou 4,60 dólares, ou 1,15%, para 403,40 dólares a tonelada.

CAFÉ

* O contrato março do café arábica fechou estável, a 1,2650 dólar por libra-peso, segurando os ganhos recentes que levaram os futuros da commodity a uma máxima de três meses.

* Operadores disseram que uma queda maior do que se esperava nos estoques de café verde dos Estados Unidos, que atingiram nesta semana o menor nível em cinco anos, ajudou a dar ímpeto à alta recente nos preços.

* A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) revisou para cima sua projeção para a safra de café 2020 do país, passando a estimá-la em um recorde de 63,08 milhões de sacas de 60 kg.

* O café robusta para março avançou 9 dólares, ou 0,6%, para 1.387 dólares a tonelada.

* O comércio de café se manteve moderado no Vietnã, maior produtor global de robusta, embora a oferta tenha permanecido estável, com o clima favorecendo a colheita e a secagem, disseram operadores nesta quinta.

(Reportagem de Marcelo Teixeira e Nigel Hunt)