Por Marcelo Teixeira e Maytaal Angel

NOVA YORK/LONDRES (Reuters) – Os futuros do açúcar bruto na ICE atingiram mínima de um mês nesta sexta-feira, com perdas de 5,7% na semana devido à fraca demanda no mercado físico e expectativas de que a produção da Índia pode voltar aos níveis normais na próxima temporada.

O café arábica avançou pela sétima sessão consecutiva, para o maior nível desde dezembro.

AÇÚCAR

* O açúcar bruto para outubro encerrou em queda de 0,14 centavo de dólar, ou 1,2%, a 11,93 centavos por libra-peso, tendo tocado mínima de um mês de 11,86 mais cedo na sessão.

* Operadores disseram que o sentimento no mercado ficou positivo, com um amplo desconto nos futuros para outubro na comparação com março indicando fraca demanda física e oferta ainda forte do Brasil, que disputa com a Índia o posto de principal produtor.

* A produção da Índia está abaixo do padrão neste ano, mas deve se recuperar na próxima safra. A Organização Internacional do Açúcar (OIA) vê a produção indiana se recuperar para 31,5 milhões de toneladas em 2020/21, ante 27,2 milhões em 2019/20, embora espere também aumento na demanda que deixará o mercado com um pequeno déficit.

* O açúcar branco para outubro encerrou em alta de 0,9 dólar, ou 0,3%, a 354,50 dólares por tonelada.

CAFÉ

* O café arábica para dezembro fechou com ganho de 2,8 centavos de dólar, ou 2,1%, a 1,34 dólar por libra-peso, máxima de oito meses.

* O arábica segue sustentado pela queda nos estoques das bolsas, que estão em mínimas de 20 anos, tendo caído abaixo de 1,2 milhão de toneladas na última contagem, embora a produção no Brasil continue a crescer e a demanda siga sem força.

* Operadores disseram que há alguma preocupação quanto à próxima safra do Brasil, devido ao clima mais seco do que o normal que poderia prejudicar o importante estágio de floração.

* O café robusta para novembro subiu 8 dólares, ou 0,6%, para 1.444 dólares por tonelada.