LONDRES (Reuters) – Os contratos futuros do açúcar bruto e café negociados na ICE recuaram nesta segunda-feira com realizações de lucros, revertendo ganhos iniciais registrados com a eleição de Joe Biden à Presidência dos Estados Unidos e desenvolvimentos promissores na candidata a vacina contra Covid-19 da Pfizer.
AÇÚCAR
* O contrato março do açúcar bruto fechou em queda de 0,03 centavo de dólar, a 14,88 centavos de dólar por libra-peso, tendo atingido uma máxima de oito meses (15,23 centavos) na semana passada.
* O dólar perdeu força contra uma cesta de moedas, tornando commodities precificadas na moeda norte-americana –como o açúcar– mais baratas para investidores de fora dos EUA.
* Operadores disseram que rumores de que os subsídios da Índia às exportações de açúcar nesta temporada seriam menos da metade dos concedidos no ano passado também sustentaram o mercado do adoçante.
* Em outros locais, persistem as preocupações de que o mercado do açúcar ficará mais apertado até que o Brasil, maior produtor da commodity, colha sua nova safra no ano que vem.
* Especuladores reduziram sua posição comprada líquida em açúcar bruto na ICE em 19.952 contratos na semana até 3 de novembro, passando a deter 191.382 contratos.
* O açúcar branco para dezembro, que expira na sexta-feira, avançou 0,1 dólar, para 400,40 dólares a tonelada.
CAFÉ
* O contrato dezembro do café arábica fechou em queda de 0,1 centavo de dólar, a 1,0685 dólar por libra-peso.
* O arábica ganhou uma dose de suporte por preocupações recentes de que o tempo seco possa contribuir para um declínio significativo na produção do Brasil no ano que vem.
* Um operador disse que a desvalorização esperada para o dólar após a vitória de Biden, além de uma recuperação na demanda à medida que os casos de coronavírus diminuírem, podem elevar os preços do café no longo prazo.
* O Brasil está aumentando seu controle sobre o mercado global de café arábica, à medida que grãos provenientes do país ingressam em armazéns da bolsa ICE Futures, em movimento que pode afastar pequenos produtores do mercado e pressionar os valores de referência da commodity.
* O café robusta para janeiro recuou 3 dólares, para 1.347 dólares a tonelada.
(Reportagem de Maytaal Angel)