NOVA YORK/LONDRES (Reuters) – Os contratos futuros do açúcar bruto negociados na ICE avançaram para uma máxima de cinco meses nesta sexta-feira, guiados por compras por fundos em meio às perspectivas de queda de produção na Tailândia e Rússia.
AÇÚCAR
* O contrato outubro do açúcar bruto fechou estável, a 13,10 centavos de dólar por libra-peso, mas chegou a tocar a marca de 13,28 centavos durante a sessão, maior nível em cinco meses.
* Operadores disseram que uma firme queda na produção da Tailândia em 2019/20 e a possibilidade de um novo declínio em 2020/21 criaram um panorama mais altista para o açúcar.
* Eles também citaram preocupações com as perspectivas de produção na Rússia e na União Europeia, que devem compensar a grande fabricação do adoçante no Brasil.
* “O mercado claramente não está mais preocupado com a produção extra do Brasil. Esse açúcar vai encontrar compradores, agora que Tailândia e Rússia devem produzir muito menos açúcar”, disse em nota o analista do Commonwealth Bank of Australia, Tobin Gorey.
* A Czarnikow afirmou que as compras de açúcar do Brasil pela China devem atingir 1,15 milhão de toneladas no terceiro trimestre, alta de 145% em relação a igual período do ano anterior.
* O açúcar branco para outubro avançou 0,70 dólar, ou 0,2%, para 381,20 dólares por tonelada.
CAFÉ
* O contrato dezembro do café arábica fechou em queda de 1,65 centavo de dólar, ou 1,4%, a 1,1645 dólar por libra-peso. O mercado não conseguiu manter a tendência de alta após os firmes ganhos da sessão anterior.
* Operadores disseram que a nova desvalorização do real no Brasil ajudou a interromper os ganhos, potencialmente desencadeando novas vendas pelos produtores locais.
* Um armazém de café na cidade belga de Antuérpia sofreu danos causados por uma tempestade, o que fez com que as ofertas de algumas unidades locais tenham sido temporariamente classificadas como “não entregáveis” como medida de precaução, disse a ICE.
* O café robusta para novembro avançou 2 dólares, ou 0,1%, para 1.384 dólares por tonelada.
(Reportagem de Marcelo Teixeira e Nigel Hunt)