NOVA YORK/LONDRES (Reuters) – Os contratos futuros do açúcar bruto negociados na ICE avançaram pela terceira sessão consecutiva nesta quinta-feira, atingindo uma máxima de duas semanas, em meio a sinais de firme demanda pelo produto refinado e à alta nos preços do petróleo.

Os futuros do café arábica recuaram pelo quarto dia seguido, para o menor nível de fechamento desde meados de agosto.

AÇÚCAR

* O contrato outubro do açúcar bruto fechou em alta de 0,27 centavo de dólar, ou 2,2%, a 12,62 centavos de dólar por libra-peso, uma máxima de duas semanas.

* O açúcar branco para dezembro avançou 10,20 dólares, ou 2,8%, para 368,20 dólares por tonelada, maior nível em um mês.

* Operadores disseram que o movimento significativo de alta do açúcar branco, depois de uma grande entrega frente ao vencimento do contrato outubro, é um sinal de boa demanda física.

* A valorização do real, que opera no maior nível em relação ao dólar desde julho, também é vista como um fator de apoio, já que reduz as vendas por usinas brasileiras no mercado de futuros de Nova York.

CAFÉ

* O contrato dezembro do café arábica fechou em queda pela quarta sessão consecutiva, perdendo 1,85 centavo de dólar, ou 1,5%, a 1,18 dólar por libra-peso.

* O arábica já desvalorizou cerca de 10% nesta semana, em meio a previsões de chuvas no Brasil, maior produtor global da commodity, o que pode impulsionar as perspectivas para a safra 2021.

* “Esperamos um amplo excedente de café para 2020/21, com o Brasil sendo responsável pela maior parte do aumento”, disse o Citi em nota.

* “Uma normalização dos preços em cerca de 1,15 dólar por libra-peso é plausível no curto e médio prazos”, acrescentou o banco.

* O café robusta para novembro cedeu 5 dólares, ou 0,4%, para 1.387 dólares a tonelada.

* Os preços do café no Vietnã, maior produtor global de robusta, se mantiveram estáveis nesta semana, sustentados por uma escassez dos grãos antes da nova safra, mas com a fraca demanda limitando os ganhos.

(Reportagem de Marcelo Teixeira e Maytaal Angel)