LONDRES/NOVA YORK (Reuters) – Os contratos futuros do açúcar bruto negociados na ICE avançaram para uma máxima de sete meses e meio nesta segunda-feira, impulsionados por compras de fundos diante de incertezas em relação ao tamanho dos subsídios que a Índia concederá para exportações.
AÇÚCAR
* O contrato março do açúcar bruto fechou em alta de 0,29 centavo de dólar, ou 2,0%, 14,72 centavos de dólar por libra-peso, maior nível desde 26 de fevereiro.
* Operadores destacaram que as compras por fundos ajudaram a impulsionar o rali recente do açúcar, com dados semanais da CFTC mostrando um novo aumento nas apostas altistas na commodity.
* O mercado foi apoiado pela falta de um anúncio da Índia sobre os subsídios a exportações na temporada 2020/21.
* A consultoria Green Pool disse em nota que a Índia exportou um recorde de 5,84 milhões de toneladas em 2019/20, com o nível dos subsídios variando de 6 centavos a 7 centavos de dólar por libra-peso.
* “A crise do Covid na Índia representa um grande problema orçamentário para o governo, e talvez o Ministério das Finanças esteja defendendo que os subsídios são um desperdício”, disse a Green Pool.
* A Índia precisa exportar 6 milhões de toneladas de açúcar no ano comercial de 2020/21, iniciado em 1º de outubro, já que a produção deve crescer por causa de um aumento na área plantada, disse um importante órgão comercial local nesta segunda.
* O açúcar branco para dezembro avançou 7,20 dólares, ou 1,8%, para 403,20 dólares a tonelada.
CAFÉ
* O contrato dezembro do café arábica fechou em queda de 1,2 centavo de dólar, ou 1,1%, a 1,0605 dólar por libra-peso, atingindo o menor nível desde 2 de outubro.
* Operadores disseram que a demanda por café arábica continua limitada devido à lenta reabertura de cafeterias e restaurantes, enquanto as vendas do Brasil seguem elevadas em meio à desvalorização do real e as ofertas da América Central aumentam.
* O café robusta para janeiro avançou 8 dólares, ou 0,6%, para 1.305 dólares por tonelada.
* “Relatos indicam que, em casa, os consumidores estão utilizando tipos de café com mais robusta e menos arábica”, disse um corretor nos Estados Unidos.
(Reportagem de Nigel Hunt, em Londres, e Marcelo Teixeira, em Nova York)