NOVA YORK/LONDRES (Reuters) – Os contratos futuros do café arábica negociados na ICE fecharam em queda pela sexta sessão consecutiva nesta segunda-feira, atingindo o menor nível em um mês e meio, depois de registrarem na semana passada o maior recuo semanal em 22 anos, em meio a sinais de melhora na safra do Brasil.
Os futuros do açúcar bruto recuaram após um rali de quatro sessões na semana passada, pressionados pelas quedas nos preços do petróleo e nos mercados acionários diante de temores relacionados à pandemia de coronavírus.
CAFÉ
* O contrato dezembro do café arábica fechou em queda de 1,5 centavo de dólar, ou 1,3%, a 1,12 dólar por libra-peso, ampliando a queda de 14% que acumulou na semana passada.
* Na semana até 15 de setembro, especuladores ampliaram as apostas altistas em café arábica na ICE em 2.440 contratos, passando a deter posição comprada líquida de 35.532 contratos.
* “As pessoas achavam que os fundos pudessem ter liquidado mais posições, mas isso não aconteceu, e estamos esperando chuvas (no Brasil). Acho que o mercado pode caminhar para baixo no curto prazo, mas no médio a longo prazo voltaremos a construir uma base”, disse um operador.
* “Estamos vendo café demais no Brasil neste ano, mas um ano de déficit na sequência. Acho que o valor justo está em torno de 1,20 dólar por libra-peso”, acrescentou.
* O café robusta para novembro recuou 9 dólares, ou 0,7%, para 1.347 dólares por tonelada, depois de mais cedo atingir o menor nível desde agosto. O robusta acumulou perda de 5,4% na última semana.
AÇÚCAR
* O contrato outubro do açúcar bruto fechou em queda de 0,22 centavo de dólar, ou 0,7%, a 12,55 centavos de dólar por libra-peso, encerrando um rali de quatro sessões.
* A valorização do dólar e a queda nos preços do petróleo foram citados por operadores como uma combinação baixista para as cotações do açúcar.
* “O açúcar está relacionado ao câmbio dólar-real e ao petróleo, então uma desaceleração econômica tem algum impacto, como estamos vendo hoje”, disse um operador nos Estados Unidos.
* O açúcar branco para dezembro recuou 4,70 dólares, ou 1,3%, para 366,80 dólares a tonelada.
(Reportagem de Marcelo Teixeira e Maytaal Angel)