NOVA YORK/LONDRES (Reuters) – Os contratos futuros do café arábica negociados na ICE subiram para o nível mais alto em oito meses nesta terça-feira, impulsionados pela valorização do real ante o dólar e com investidores continuando a acumular compras de commodities agrícolas, encorajados pela melhora do sentimento macroeconômico.

O café robusta atingiu o maior valor desde dezembro, enquanto o açúcar bruto caiu.

CAFÉ

* O contrato dezembro do café arábica fechou em alta de 2,35 centavos de dólar, ou 1,8%, a 1,314 dólar por libra-peso, maior patamar desde 2 de janeiro, quando atingiu 1,327 dólar.

* Traders disseram que a alta foi impulsionada, principalmente, pela compra de fundos, o que significa que foi construído em um terreno frágil porque os fundamentos continuam fracos no geral.

* O real subiu cerca de 2% em relação ao dólar, reduzindo a competitividade das exportações brasileiras de café e limitando as vendas de produtores e cooperativas do setor.

* As exportações globais de café caíram 11% em julho na comparação com mesmo mês do ano passado, para 10,61 milhões de sacas, disse a Organização Internacional do Café (OIC) nesta terça-feira, ao projetar um pequeno superávit global de oferta na temporada 2019/20.

* O café robusta novembro subiu 34 dólares, ou 2,4%, a 1.463 dólares por tonelada, tendo tocado 1.471 dólares, o maior preço desde dezembro, durante a sessão.

AÇÚCAR

* O açúcar bruto outubro caiu 0,06 centavo de dólar, ou 0,5%, a 12,60 centavos de dólar por libra-peso.

* A Organização Internacional do Açúcar (OIA) previu nesta terça-feira um pequeno déficit global de açúcar de 724 mil toneladas na temporada 2020/21, conforme o consumo se recupera da fraqueza relacionada à pandemia de Covid-19 na temporada anterior.

* O açúcar branco outubro fechou em alta de 2,80 dólares, ou 0,8%, a 362,50 dólares por tonelada.

(Por Marcelo Teixeira e Maytaal Angel)