NOVA YORK/LONDRES (Reuters) – Os contratos futuros do café arábica negociados na ICE fecharam em queda pela oitava sessão consecutiva nesta quarta-feira, atingindo uma mínima de dois meses, mesmo com o mercado finalmente encontrando algum suporte.
Os futuros do açúcar bruto também terminaram em baixa, depois de não conseguirem manter a máxima de um mês registrada no início da sessão.
CAFÉ
* O contrato dezembro do café arábica fechou em queda de 0,15 centavo de dólar, ou 0,1%, a 1,105 dólar por libra-peso, após atingir uma mínima de dois meses de 1,0905 dólar.
* Operadores disseram que o mercado ficou tecnicamente sobrevendido depois de sua firme e prolongada queda. Os preços também foram sustentados pela redução dos estoques certificados pela bolsa.
* A queda recente foi guiada, em parte, por uma melhora nas perspectivas para a safra 2020/21 do Brasil, maior produtor e exportador global da commodity, após o registro de chuvas e a desvalorização do real.
* O café robusta para novembro avançou 8 dólares, ou 0,6%, para 1.349 dólares a tonelada.
AÇÚCAR
* O contrato março do açúcar bruto fechou em queda de 0,08 centavo de dólar, ou 0,6%, a 13,33 centavos de dólar por libra-peso, depois de registrar uma máxima de um mês de 13,57 centavos.
* Operadores afirmaram que o mercado tem sido apoiado principalmente por fatores técnicos, diante de amplas ofertas após a forte produção do Brasil neste ano –enquanto o panorama para a safra da Índia segue favorável.
* “Os preços do açúcar estão bastante resilientes, apesar dos fundamentos baixistas”, disse a Agritel em nota, mencionando que a maior parte dos analistas projeta um excedente para a temporada 2020/21.
* A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) afirmou que incêndios recentes em canaviais brasileiros podem impactar negativamente na produção do ano que vem. [nL2N2GK1PC]
* O banco holandês Rabobank estima uma recuperação no consumo global de açúcar em 2020/21. [nL2N2GK1ZC]
* O açúcar branco para dezembro recuou 0,60 dólar, ou 0,2%, para 371,20 dólares a tonelada.
(Reportagem de Marcelo Teixeira e Nigel Hunt)
((Tradução Redação São Paulo, 55 11 56447745))
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