NOVA YORK/LONDRES (Reuters) – Os contratos futuros do café arábica negociados na ICE fecharam em alta nesta sexta-feira, recuperando-se nos momentos finais da sessão, depois de atingir o menor nível em mais de dois meses durante o dia.

CAFÉ

* O contrato dezembro do café arábica fechou em alta de 1,9 centavo de dólar, ou 1,8%, a 1,0895 dólar por libra-peso, após tocar a marca de 1,0490 dólar, menor valor em mais de dois meses.

* Operadores disseram que os fundamentos aparentam ser baixistas, com firmes exportações do Brasil após uma safra abundante neste ano. Mas correções dos preços para cima são vistas como possíveis após a queda recente.

* A Organização Internacional do Café, em relatório publicado nesta sexta-feira, disse que estima um excedente global de 1,54 milhão de sacas de 60 quilos em 2019/20, com o consumo afetado pela pandemia de Covid-19.

* “Esse excedente, aliado chegada ao mercado nos próximos meses da safra 2020/21 do Brasil, um ano de alta no ciclo bienal de produção do arábica, vai limitar uma maior recuperação nos preços”, disse a OIC.

* O café robusta para novembro avançou 2 dólares, ou 0,2%, para 1.290 dólares a tonelada.

AÇÚCAR

* O contrato março do açúcar bruto fechou em queda de 0,03 centavo de dólar, ou 0,2%, a 13,55 centavos de dólar por libra-peso.

* Operadores afirmaram que o mercado está digerindo a grande entrega frente ao contrato outubro, que expirou na quarta-feira, com preocupações de que o movimento possa ter sido guiado, em parte, por uma demanda abaixo do esperado da China.

* “As expectativas de que a China aumentasse suas cotas de importação (com tarifa reduzida) ainda não foram correspondidas”, disse o Commerzbank em nota.

* Especuladores voltaram a aumentar suas apostas altistas nos contratos futuros do açúcar bruto, atingindo quase 160 mil contratos –uma das maiores posições compradas líquidas no mercado do adoçante nos últimos cinco anos.

* O açúcar branco para dezembro recuou 1,30 dólar, ou 0,3%, para 373,70 dólares a tonelada.

(Reportagem de Marcelo Teixeira e Nigel Hunt)