Por Karl Plume

CHICAGO (Reuters) – A cooperativa agrícola norte-americana Land O’Lakes lançou nesta quinta-feira um programa de geração e comercialização de créditos de carbono, que, segundo ela, ajudará os produtores a capitalizar na crescente demanda por créditos de gases de efeito estufa, ao mesmo tempo em que torna as fazendas mais sustentáveis.

Companhias do setor agrícola têm lançado nos últimos meses programas de agricultura sustentável ou de comércio de carbono, pressionadas por consumidores ambientalmente conscientes e por expectativas de políticas do governo Biden para conter as mudanças climáticas.

A Truterra LLC, subsidiária da Land O’Lakes, apresentou seu programa TruCarbon, uma colaboração com o Instituto Soil Health. As empresas fecharam contratos para a venda de 100 mil toneladas em créditos para a gigante da tecnologia Microsoft.

O TruCarbon representa a oferta mais recente da indústria com foco no combate às mudanças climáticas, somando-se a programas de companhias do agronegócio, como a Cargill, e de fornecedores de insumos agrícolas, como a Bayer.

Aproveitando-se de “montanhas” de dados agrícolas já reunidos por produtores na plataforma de tomada de decisões da Truterra, o programa de carbono ajudará os usuários a avaliar como práticas ecológicas podem impactar os resultados financeiros da fazenda, disse Beth Ford, CEO da Land O’Lakes.

“É a próxima evolução lógica. Ela reconhece o mercado, a oportunidade para os agricultores diversificarem seu fluxo de receita e, ao mesmo tempo, melhorarem a sustentabilidade e a resiliência de suas próprias operações”, afirmou Ford.

Os agricultores poderão receber, já neste verão (do Hemisfério Norte), até 20 dólares por tonelada de carbono que conseguirem sequestrar na primeira parcela dos créditos, segundo a Land O’Lakes. Alguns produtores também poderão acessar dados históricos para criar créditos adicionais, representando os cinco anos anteriores de cultivo.