Por Mark Weinraub
CHICAGO (Reuters) – Os contratos futuros da soja negociados em Chicago tiveram um rali nesta terça-feira, apoiados por dados que mostraram que as indústrias da oleaginosa nos Estados Unidos processaram mais do que o esperado em novembro, o que adiciona ainda mais pressão a um cenário de ofertas já apertadas, disseram operadores.
A valorização da soja deu impulso ao milho, que fechou em território positivo após operar em baixa por boa parte da sessão. Os futuros do trigo também se firmaram, recuperando-se da grande liquidação de segunda-feira em meio a compras técnicas e procuras por barganhas.
O esmagamento de soja nos EUA atingiu 181,018 milhões de bushels em novembro, terceiro maior patamar mensal da história, segundo a Associação Nacional de Processadores de Oleaginosas (Nopa, na sigla em inglês). O relatório também indicou que as exportações de farelo de soja do país alcançaram o maior nível em quase oito anos.
O contrato janeiro da soja fechou em alta de 14,75 centavos de dólar, a 11,8425 dólares por bushel. O milho para março avançou 0,75 centavo, para 4,2475 dólares o bushel.
Os investidores seguem monitorando de perto a situação climática em importantes áreas produtivas do Brasil e da Argentina, após o tempo seco no início da temporada gerar preocupações sobre as perspectivas para as safras de milho e soja.
“A incerteza em relação aos impactos do clima deste ano provavelmente vai pairar sobre os mercados por mais algumas semanas”, disse o economista-chefe de commodities da StoneX, Arlan Suderman, em nota a clientes. “Algumas perdas são esperadas, mas o escopo ainda está sendo determinado.”
O vencimento março do trigo subiu 3,25 centavos, para 5,9975 dólares/bushel.
(Reportagem de Mark Weinraub; reportagem adicional de Gus Trompiz em Paris e Colin Packham em Sydney)