O Paraná é o maior produtor de feijão no Brasil. No ciclo 2023/24, estima-se o crescimento de 24% para quase 30% sua participação na oferta nacional. A previsão é colher 947 mil toneladas do grão, um aumento de 39% em relação à safra anterior. O estado representa quase 30% da oferta nacional do grão e combina tradição e inovação para manter sua liderança.

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O Prêmio Orgulho da Terra reconheceu a força do produtor paranaense (Foto: Pixabay)

Além de ser uma importante atividade econômica, a cultura do feijão no Paraná é predominantemente conduzida por pequenos produtores, com destaque para a sustentabilidade. Por meio do programa de melhoramento genético do IDR-Paraná – um dos maiores e melhores programas do País – o estado lidera no desenvolvimento de cultivares mais resistentes e produtivas, reduzindo o uso de agroquímicos e tornando a produção maior, mais sustentável e rentável.

É preciso reconhecer a força do agricultor paranaense. E foi o que fez o Prêmio Orgulho da Terra, que reconheceu Romildo Vasata, de Pato Branco, como o melhor produtor rural de feijão em 2024. Ele recebeu o troféu na categoria “Feijão” durante uma festa que ocorreu no dia 12 de novembro, na sede do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR), em Curitiba.

Mudas mais fortes e resistentes

A propriedade é assistida por Vilmar Natalino Grando, técnico do IDR-Paraná, e é exemplo de boas práticas agrícolas e de manejo sustentável. Com áreas de mata ciliar preservadas e aplicação controlada de defensivos, Romildo reduz impactos ambientais enquanto melhora a produtividade.

Em 2024, o produtor cultivou 10 hectares de feijão preto Urutau, utilizando apenas uma aplicação de defensivos para controle de pragas — um número impressionantemente menor que a média de três aplicações registradas no estado. A produtividade da lavoura assistida foi de 3.214 kg/ha, superando em mais de 50% a média estadual de 1.615 kg/ha.

A produtividade é resultado da qualidade das cultivares utilizadas e reflete diretamente na saúde do consumidor final. É um feijão que traz cozimento rápido, caldo mais consistente, mais sabor, grãos inteiros (sem quebra) e com maior concentração de ferro, cálcio e minerais. Ou seja, um alimento de mais qualidade, capaz de suprir melhor as necessidades nutricionais do ser humano.

Monitoramento e dedicação como diferencial

Romildo destaca que o sucesso no cultivo do feijão está no monitoramento contínuo. “A produção de feijão é sempre uma agricultura sensível. Qualquer mudança climática ou ataque de pragas pode prejudicar muito. Por isso, monitoro as plantas duas a três vezes por semana. É esse cuidado que garante resultados tão expressivos”, revelou.

Ele também reforça a importância de escolher sementes de qualidade e seguir rigorosamente os protocolos técnicos para enfrentar os desafios climáticos e biológicos.

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Prêmio Orgulho da Terra  

O Prêmio Orgulho da Terra é uma iniciativa do Grupo Ric, por meio da plataforma RIC Rural, com a co-realização do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná) e do Sistema Ocepar, entidade que representa as cooperativas paranaenses. O prêmio ainda tem a apresentação da Coamo, patrocínio do Banco do Brasil, C.Vale e Embio, e apoio da Alpha Fish, Globoaves e Hotel Petras.  

Com 19 categorias, o prêmio reconhece produtores rurais que fazem a diferença no agro paranaense, incentivando práticas sustentáveis, inovação e fortalecimento da economia rural.

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