Por Julie Ingwersen
CHICAGO (Reuters) – Os contratos futuros do milho e soja negociados em Chicago recuaram nesta sexta-feira, pressionados por expectativas de que as colheitas de ambas as safras ganhem força no Cinturão do Milho dos Estados Unidos e pela cautela de investidores após o presidente norte-americano, Donald Trump, testar positivo para Covid-19, disseram analistas.
Os futuros do trigo se firmaram, diante de preocupações com o tempo seco na Rússia, maior exportadora global do cereal.
O contrato dezembro do milho fechou em queda de 3 centavos de dólar, a 3,7975 dólares por bushel, e a soja para novembro recuou 2,75 centavos, para 10,2075 dólares o bushel. O vencimento dezembro do trigo avançou 3 centavos, a 5,7325 dólares o bushel.
Os três mercados acumularam altas na semana, impulsionados por relatório divulgado na quarta-feira pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, na sigla em inglês), que indicou estoques abaixo do esperado no país.
Mas as atenções têm se voltado para os resultados das colheitas antes de o USDA publicar um relatório de oferta e demanda em 9 de outubro –o mercado questiona a possibilidade de um ajuste à estimativa do governo para a produtividade do milho nos EUA em 2020, projetada em 178,5 bushels por acre em setembro.
“É período de colheita, e os ouvidos vão estar atentos ao que acontece com a produtividade no decorrer do final de semana”, disse Don Roose, presidente da U.S. Commodities.
(Por Julie Ingwersen, em Chicago; reportagem adicional de Gus Trompiz, em Paris, e Naveen Thukral, em Cingapura)