O Governo do Paraná anunciou nessa quinta-feira (22) estado de emergência em todo o estado devido a estiagem. O decreto foi assinado pelo governador Ratinho Jr. (PSD) e não coloca prazo para o final do período.

A justificativa do Governo do Paraná para o decreto é que mesmo com chuvas registradas em algumas regiões do estado, a estiagem desde dezembro de 2024 criou problemas no abastecimento de água e a produção agrícola em diversas áreas, especialmente no Centro, Sudoeste e Oeste.
“Esse decreto é de extrema importância, de uma forma preventiva, que o Governo do Estado está trabalhando, de forma proativa. Temos um cenário de poucas chuvas até setembro ou outubro, com níveis de reservatórios baixos em grande parte dos rios do Estado. Esse decreto vai propiciar aos municípios a abertura de processos que permitem uma série de benefícios, facilitando a vida dos agricultores e da população urbana”, afirmou o coronel Fernando Schünig, coordenador estadual da Defesa Civil.
Segundo estudo do Monitor de Secas da Agência Nacional de Águas (ANA), em parceria com o Simepar, apontou aumento da seca moderada nas regiões Sudoeste e extremo Oeste. A situação se agravou com a persistência de chuvas abaixo da média, principalmente nas regiões de Pato Branco, Foz do Iguaçu e Francisco Beltrão.
“O comportamento normal da estação seria a atuação de massas de ar quente e úmido, com grande disponibilidade de umidade na atmosfera e calor, fatores que favorecem a formação de nuvens e sistemas meteorológicos de chuva. Mas isso não aconteceu de forma regular”, analisa o meteorologista do Simepar Reinaldo Kneib.
A expectativa é que o decreto mobilize todos os órgãos estaduais, sob coordenação da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, para atuarem em ações de resposta, reabilitação e reconstrução dos cenários afetados em todo o Paraná.
“O decreto possibilita a aplicação de recursos financeiros de forma mais rápida e eficaz, para chegar a essas pessoas atingidas diretamente. Os municípios também podem adotar medidas para minimizar os problemas causados pela estiagem, como acesso a financiamentos de safra, liberação do FGTS, fornecimento de equipamentos e materiais”, finaliza Schünig.
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