O Plano Safra é o principal financiamento público rural do Brasil. Esse crédito permite que os produtores possam minimizar fatores externos durante o ano, como por exemplo, fenômenos naturais e pragas.

Mas na última quinta-feira (20), o Tesouro Nacional encaminhou ofício a diversos bancos do país com o objetivo de suspender novos financiamentos pelo Plano Safra.
A justificativa do órgão para essa suspensão são os seguidos aumentos na taxa de juros e na demora da aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025 no Congresso Nacional.
Como funciona o Plano Safra?
O Plano Safra costuma ter duração de 12 meses, tendo início em julho de um ano e se encerrando no mesmo mês do ano seguinte.
Os produtores rurais podem acessar esses recursos por meio de empréstimos em bancos públicos e privados.
Aa taxas de juros cobradas por esses agentes financeiros, bem como o montante total disponibilizado aos produtores rurais é definido anualmente pelo Governo Federal.
Após a concessão desse crédito, os produtores rurais podem utilizar o montante para gastos ligados à produção agropecuária, como por exemplo, investimento em maquinários, compra de insumos, entre outros.
Por que o Tesouro Nacional bloqueou esse crédito?
O Tesouro Nacional apontou que com a atual taxa de juros a execução dos financiamentos do Plano Safra está comprometida. Atualmente a Selic está cotada em 13,25%, quase 3% acima dos 10,5% registrados em julho de 2024, quando a atual edição do programa foi iniciada.
Na tentativa de destravar esses financiamentos, o ministro da Economia, Fernando Haddad, anunciou a abertura de um crédito extraordinário no valor de R$ 4 bilhões.
Segundo Haddad, a expectativa é que na próxima semana a Medida Provisória com esse crédito seja publicada e os recursos possam ser liberados.
Ao todo, a edição 2024 do Plano Safra tinha estimado a disponibilização de R$ 400,59 bilhões, número recorde na história do programa.
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